BALAI KULTURAL
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- Junho 8, 2023
- 1:23 pm
- Lusa
Festival Mindelact deste ano dedicado à liberdade e celebra nascimento de Amílcar Cabral

Em comunicado, a organização do Festival Internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact) avançou que a programação da 29.ª edição já está “bastante avançada” e será intitulada de “Edição Liberdade”.
“Como mote para mostrar, se preciso fosse, que as artes performativas são, na sua génese e natureza, uma ferramenta para a livre expressão, sem amarras, sem preconceitos, sem medos e um instrumento para abrir mentes e horizontes”, explicou.
E foi a pensar na liberdade que a organização informou que toda a programação está a ser preparada para ser uma espécie de pré-celebração do centenário do nascimento de Amílcar Cabral, pai das nacionalidades cabo-verdianas e guineenses, que se comemora em 12 de setembro de 2024.
Conforme o mesmo comunicado, na próxima edição, o Mindelact vai manter a sua identidade e apresentar “grandes propostas” cénicas nacionais e internacionais no palco 1 e principal, montado no Centro Cultural do Mindelo, sendo de destacar a presença, pela primeira vez, de uma produção da África do Sul, dirigida e interpretada por mulheres.
Também vai marcar presença a artista portuguesa Flávia Gusmão, que vai apresentar “Bochizami”, com um elenco de várias gerações, com destaque para a premiada atriz cabo-verdiana Vitalina Varela, que pela primeira vez se apresentará no Mindelo;
A organização destaca também a estreia absoluta de uma coprodução entre o Festival Mindelact e o Teatro da Garagem, de Lisboa, uma encenação de Carlos Pessoa da “versão” de Aimé Césaire, o poeta da negritude, do texto de Shakespera, “Tempestade”, a que o autor deu o título de “Uma Tempestade”.
“Das figuras fundamentais do teatro contemporâneo em língua portuguesa, ambas mulheres, também já confirmaram a sua presença na edição deste ano: Joana Craveiro e o seu emblemático (diríamos mesmo, revolucionário) Teatro do Vestido e a sempre provocadora Sara Leitão Barros”, informou ainda.
Para a organização desde que é o maior festival de teatro de Cabo Verde e um dos maiores da África Ocidental, os exemplos nesta edição que tem o mote da “Liberdade” não são fortuitos nem acidentais.
“São escolhas que pretendem dar voz a quem não a tem ou a quem está a sofrer tentativas de silenciamento, de dar palco a quem não tem palco, promovendo uma reflexão que se pretende ativa e radical”, enfatizou, informando que o palco 2 será todo ele dedicado às artes performativas nacionais.
O festival de teatro é patrocinado pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, pela Câmara Municipal de São Vicente, pelo instituto Camões e por empresas cabo-verdianas.
Lusa
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