

O Carnaval regressou na tarde de terça feira, dia 21, à Avenida Cidade Lisboa na capital. Samba Jó, Vindos do Mar, Bloco Afro Abel Djassi e Vindos d’África foram os quatro grupos oficiais que marcaram presença na Avenida e levaram mais de 1200 foliões.
O pontapé de saída para o desfile foi dado pelos grupos de animação com os mandingas da Ariah de Norte e grupo da Guiné-Bissau, além de vários grupos espontâneos.
Depois de um atraso de cerca de duas horas, o grupo do Palmarejo Samba Jó acabou por ser precedido pelo grupo da Achada Grande, o Vindos do Mar, que entrou na Avenida por volta das 19h. Com quase 300 foliões e um carro alegórico, o grupo apresentou a sua “Homenagem ao Mar” como enredo ao som da música de Nhof.
Segundo Amélia Monteiro, responsável pelo grupo, o balanço, apesar das dificuldades como foi a necessidade de recrutar novos membros, é positivo. “Saímos com força e com espírito positivo”, afirmou a representante e adiantou que a expetativa é alcançar algum prémio.
Já por volta das 20h00, Samba Jó avançou pela avenida ao ritmo da música que retratava o tema do grupo “Santiago, Anel Azul, Brincadeiras de Outrora e as suas Maravilhas”. O grupo que se atrasou devido a um problema com um dos andores, na zona da Uni-CV, saiu com 300 foliões.
O presidente do grupo, João Soares, que também mostrou samba no pé mostrou-se confiante na vitória este ano. “Sempre fomos primeiro lugar, mas este ano seremos o primeiro lugar de verdade”, disse Jó e adianta que sair na Avenida foi um grande sacrifício devido às dificuldades enfrentadas com a ausência de estaleiro e um local de ensaios.
Vindos d’África foi o terceiro grupo a mostrar o que vale no sambódromo. O grupo do Bairro Craveiro Lopes que quer revalidar o título pela 7.ª vez saiu na Avenida com um carro alegórico e cerca de 400 foliões espalhados em 10 alas, ao som da música de Hélder e Dabs Lopes.
José ‘Breu’ Gomes, presidente do grupo do Bairro Craveiro Lopes, afirma que o resultado do esforço esteve visível na Avenida. “O balanço é bom (…) Nós trabalhamos para ganhar, apesar do respeito que temos pelos outros grupos”. Quanto às dificuldades, Breu diz que os grupos da Praia já aprenderam a ultrapassar e que as mesmas sempre fizeram parte do Carnaval da Prai. “Hoje mostramos que aprendemos a ultrapassar”.
E por último, quando já passava das 21h00 ecoou a bateria do Bloco Afro Abel Djassi que desfilou com o tema “Herança Africana”. Fazendo jus ao enredo, o grupo retratou vários momentos da história de Cabo Verde exaltou as raízes africanas.
O responsável do grupo, Gamal Mascarenhas, destacou-se por cantar, dançar do início ao fim e coordenar a apresentação do Bloco Afro Abel Djassi. O grupo da Achada Santo António trouxe para a Avenida capoeira e acrobacia.
Apesar dos atrasos, muitos dos presentes elogiaram o regresso do Carnaval à capital. É o caso de Edy Mendonça: “Gostamos dos grupos de animação, depois destes anos parados, a emoção foi muita. É preciso mais apoio para os grupos e mais organização porque estava um pouco atrapalhado no fim”.
A opinião é partilhada por Gorreth Carvalho, que se fazia acompanhar por duas crianças e que foi para o desfile a seguir ao trabalho. “Foi espetacular”.
De notar a presença de um forte contingente policial no evento. Segundo a Inforpress, 332 efetivos estiveram nas ruas da capital para executar o plano de Carnaval na Praia em Segurança.
Site agregador de notícias e conteúdos próprios e de parceiros, com enfoque em Cabo Verde e na Diáspora, que quer contribuir para uma maior proximidade entre os cabo-verdianos.
+238 357 69 35
geral@balai.cv / comercial@balai.cv / editorial@balai.cv