
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
Os vencedores foram revelados em conferência de imprensa, na Praia, pelo diretor-geral das Artes e Indústrias Criativas e coordenador do Núcleo Nacional do Cinema (NuNaC), Adilson Gomes, que destacou como critérios de avaliação a qualidade e potencial artístico, relevância e originalidade do tema, pesquisa e investigação, consistência do tratamento cinematográfico e exequibilidade dos projetos.
Dos 10 vencedores, cinco vão receber 300 mil escudos (2.720 euros) de apoio à produção, destinado aos projetos de cineastas que já estão no mercado, enquanto os restantes vão ser contemplados com o programa de apoio a jovens talentos e primeiras obras, com 100 mil escudos (906 euros).
Os cinco vencedores na área de apoio à produção são “Blimundo” (Kblast – animação), “Agueiro” (Tambla Almeida – curta-metragem), “Nós, Povo das Ilhas” (KS Cinema – Filme Doc), “Cimboa” (José Correia – documentário) e “Renato Cardoso” (Ceiba Produções – documentário).
Já os jovens contemplados são “Carnaval de São Nicolau” (Ercie Chantre – documentário), “Achada Grande” (Edmilson Garcia – longa-metragem), “Mestri” (Christian Lima (curta metragem), “Fitcera” (Adilson Pina – filme) e uma curta metragem de Adriano Dias.
“Esperamos que se consiga fazer aqui bons produtos fílmicos, que possam ser também passados nas nossas televisões e que possamos fazer um bom começo desses editais do NuNaC que certamente vieram para ficar”, perspetivou o diretor-geral, garantindo que os projetos que não foram selecionados vão ser “seguidos atentamente” e poderão ser apoiados futuramente.
Dos 28 candidatos submetidos ao júri, Adilson Gomes destacou ainda propostas que chegaram das várias ilhas, nomeadamente Santo Antão (3) São Vicente (7), Santiago (14), Maio (1), Fogo (1), São Nicolau (1) e Sal (1).
“Quisemos fazer este edital como forma de arrancar, e certamente isto servirá para alavancar este setor que precisa de apoio”, insistiu o mesmo responsável, para quem o facto de 28 projetos terem sido submetidos já é um “bom começo” para este que é um setor promissor no país.
“E tendo apoio, certamente que farão bons trabalhos”, espera.
Além dos produtores consagrados e dos jovens talentos, Adilson Gomes avançou que o Núcleo Nacional do Cinema quer lançar pelo menos mais dois editais por ano, sendo os restantes para apoiar os festivais e a internacionalização de produções nacionais.
A apresentação das candidaturas para o edital aconteceu de 25 de julho a 25 de agosto, seguindo-se duas semanas para avaliação das propostas por um júri nomeado pelo NuNaC.
O núcleo é financiado pela verba arrecadada pela Taxa de Compensação Equitativa pela Cópia Privada – com uma arrecadação prevista para este ano de cerca oito milhões de escudos (73 mil euros) – e tem por missão apoiar o desenvolvimento das atividades cinematográficas e audiovisuais, desde a criação até à divulgação e circulação nacional e internacional das obras, potenciando o surgimento de novos valores, contribuindo para a diversidade de oferta cultural e para setores cinematográfico e audiovisual.
O NuNaC tem como foco criar bases sustentáveis para o surgimento, a médio e longo prazo, de uma estrutura junto do ministério responsável pela área da cultura ou outra entidade pública que vier a tutelar o Cinema e Audiovisual em Cabo Verde, com autonomia administrativa e financeira, para a gestão das atividades cinematográficas e audiovisuais. Um passo que começa a ser dado com este primeiro concurso.
Lusa
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