Direção da Escola de Samba Tropical quer renovar mandato e apostar na sustentabilidade e profissionalização do Carnaval

Esta informação foi avançada à Inforpress pelo atual presidente da Escola de Samba Tropical, David Leite, a propósito da Assembleia Geral Ordinária da escola que acontece este sexta-feira na sala de conferências da Faculdade de Educação e Desporto da Uni-CV, em São Vicente.

David Leite clarificou que, até agora, há uma lista única porque a aposta será na renovação do mandato de todos os integrantes da atual direção.

Segundo a mesma fonte, para garantir essa sustentabilidade e profissionalização, fizeram um estudo de viabilidade económica e criaram projetos de investimentos, que vão apresentar a parceiros, para a construção do museu do Carnaval do grupo, criação da sede própria, escolas de formação em várias áreas do Carnaval, durante o ano, desde música até à parte plástica, manutenção do espólio e abertura de um espaço para turistas.

“Se esta fonte se mantiver em ativo, durante um ano, acreditamos que conseguiremos a sustentabilidade do nosso desfile. E, se formos eleitos, vamos fazer uma aproximação a entidades financiadoras, empresas locais, nacionais, estrangeiras e a particulares, para apresentar o estudo para angariar parceiros de uma forma win-win, porque já não conseguimos fazer o Carnaval de mão estendida. Vamos apresentar um projecto viável, através do qual, todos saem a ganhar”, clarificou.

Para o carnavalesco, os apoios são bem-vindos, mas é impossível continuar a fazer o Carnaval somente com apoios, ainda mais, reforçou, tratando-se de um grupo sem fins lucrativos.

A ideia, explicou, é tentar conseguir alguma forma de, muito antes desses apoios acontecerem, ter condições de arrancar e ter um grupo que funciona durante um ano todo a produzir receitas.

Conforme David Leite, esta ideia surgiu após a direção da Escola de Samba Tropical fazer um balanço do Carnaval de 2023. Lembrou que no último Carnaval os membros do grupo ficaram “demasiadamente esgotados” porque “abandonaram” tudo para honrar a escola, mobilizando recursos, em apenas dois meses, para fazer um desfile com um orçamento de 10 mil contos.

“O Carnaval tornou um produto tão importante para a ilha de São Vicente e Cabo Verde que nós todos temos o dever moral e cívico de apoiar e continuar para que este produto seja cada vez mais valorizado”, argumentou o presidente da Escola de Samba Tropical, que perspetiva ainda participar nos dois próximos carnavais, período que decorrerá o novo mandato.

Além da eleição dos órgãos sociais para o biénio 2023/2025, durante a assembleia-geral vão ainda apreciar e aprovar o relatório de atividades e as contas dos dois últimos anos e ainda apresentar os projetos de investimento da Escola de Samba Tropical para os próximos anos.

Inforpress

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