
Terça-feira, 21 de Março, 2023
A Avenida 13 de Janeiro-Dia da Liberdade e da Democracia, em Chã de Matias, no Sal, pela primeira vez palco do desfile carnavalesco, encheu-se de foliões e curiosos, terça-feira, 21, para festejar o Entrudo, este ano sem competição.
A “Avenida 13 de Janeiro-Dia da Liberdade e da Democracia começou a registar movimentação de pessoas e animação carnavalesca diversa a partir das 16:00, tendo terminado por volta das 21:30, com o desfile do Trio Patchê Parloa e Gaviões.
Gaviões e Patchê Parloa, tidos como grupos oficiais e grandes rivais na competição carnavalesca, fundem-se este ano desfilando ao som de um trio eléctrico ornamentado com seis grandes caras de máscaras, nomeadamente palhaço, africana, carnaval de Veneza, entre outros estilos.
A “carruagem carnavalesca”, resultado do “djunta mô” dos dois grupos, devia sair às 18:00, mas só conseguiu arrancar às 21:00 provocando um atraso de três horas, tempo que, por sinal passou despercebido, já que o público esteve entretido com animação do palco, montado pela câmara municipal, pulando, saltando, gritando ao som de música carnavalesca, como “Tud é bada”, “manhã ca tem traboi”, e outras mais.
O ambiente era de muita festa e folia, onde para além do Trio Gaviões e Patchê Parloa, o grupo denominado Maravilhas do Universo, da Palmeira, que faz estreia no Carnaval 2023, exibiu um andor homenageando o mar e os marítimos.
Lamentando o atraso, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal do Sal, Maria João Brito, disse, porém, ter gostado do trabalho carnavalesco exibido, após confinamento de dois anos motivado pela pandemia da covid-19.
“As pessoas estavam muito animadas, tudo indica que gostaram. Gostaríamos que fosse um carnaval com competição, o que imprime mais criatividade e qualidade… mas gostamos do que vimos”, manifestou, planeando um carnaval com competição no próximo ano.
Referindo que foi uma “excelente ideia” levar o desfile do Carnaval para Chã de Matias, a responsável disse que o “sambódromo” vai continuar ali, devendo a área circunscrita para o efeito merecer alguma melhoria, por exemplo, a nível de iluminação e outras possíveis adaptações.
“Trata-se de uma extensa avenida, com passeios largos, facilitando a movimentação de andores e foliões. Portanto, o palco do desfile carnavalesco nos próximos anos, passará a ser aqui nesta região”, contemplou.
Quem também gostou da festa do Rei Momo, pós-pandemia, foi Zeca, presidente do grupo Gaviões, destacando a ideia de junção dos dois grandes grupos carnavalescos do Sal, já que não havia competição este ano.
“É um projecto para ser mantido no carnaval de verão, mas no Carnaval do próximo ano vamos estar separados porque vamos competir, trazendo mais força, nível e qualidade para o Carnaval no Sal”, conta Zeca entre risos.
“Gaviões e Patchê Parloa não são rivais…brincamos o carnaval, lutamos, trabalhamos para dar o nosso melhor para elevar cada vez mais o nível do Carnaval salense…porque gostamos”, concluiu, aplaudindo a ideia de transferência do “sambódromo” para Chã de Matias.
Inforpress
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