“O exílio sentimental de Marcus Blum” é um canto sobre a esperança de um novo mundo, diz autor

O autor da obra “O exílio sentimental de Marcus”, Tchalê Figueira, considerou este domingo, 28, em Lisboa, que o livro é sobre a vida, a utopia e um canto sobre a esperança de um novo mundo.

A consideração foi feita em declarações à Inforpress depois da apresentação da obra pela Rosa Porcelana Editora, na Feira do Livro de Lisboa, referindo que a mesma conta a história de um homem que vai para o exílio, onde tem uma “epifania”.

“É um livro sobre a vida, a utopia e um canto sobre a esperança de um novo mundo. Não sei se as pessoas pensam que sou ingénuo quando escrevo isso, mas é uma forma existencialista de ver o mundo e acreditar que talvez haja alguma esperança na humanidade”, explicou o autor.

Para Tchalê Figueira, o mundo sempre esteve em perigo, porque a “humanidade não é o melhor retrato, desde as génesis do ser humano até hoje”, mas acredita que há sempre esperança e uma dessas esperanças, é a cultura.

“O que é fundamental para a cultura se desenvolver mais em Cabo Verde é que ela seja despolitizada (…).  Se os artistas conseguirem livrar- se disso seria um grande avanço”, frisou.

Tchalê Figueira nasceu em 1953 na cidade de Mindelo. Viveu e trabalhou em Basileia (Suíça), de 1974 a 1985, e estudou Artes na Kunstgewerbeschule.

Considerado um “pintor de projeção internacional”, como poeta e romancista publicou “Todos os naufrágios do mundo” de 1992, “Onde os sentimentos se encontram” de 1998, “O azul e a luz” de 2002, “Solitário” de 2005, “Ptolomeu e a sua viagem de Circum Navegação” de 2005 e
“Contos de Basileia” de 2011.

“A viagem” de 2013, “A Índia que todos procuramos” de 2014, “Solitude blues”, “Uma pequena odisseia mindelense”, “moro nesta ilha há mais de cinquenta anos & outros contos” todos de 2016, “Curtos-7 contos” de 2017, “Idade poética” de 2018, “A viagem” (reimpressão revista alterada” de 2019 e “Txon vendido” de 2021 foram outros títulos publicados.

A 92ª edição da Feira do Livro de Lisboa conta na sua programação, de entre outras atividades, sessões de autógrafos, exposição de homenagem, conversas com autores, apresentação de obras, conversas e concertos.

A Ucrânia, país convidado na edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa que decorre no Parque Eduardo VII, tem um pavilhão com mostra de obras de vários escritores daquele país e exibição de alguns filmes de realizadores ucranianos.

Esta edição que decorre de 25 de Agosto a 11 de Setembro conta com 340 pavilhões, distribuídos por 140 participantes que representam centenas de marcas editoriais.

Inforpress

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