Oito projectos cabo-verdianos seleccionados no âmbito do projecto cultural nos PALOP/Timor Leste

Oito projectos cabo-verdianos foram seleccionados no âmbito do projecto cultural pela Pró-Cultura, nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor Leste, nos sectores da música, artes cénicas e literatura infanto-juvenil.

No âmbito do projecto da União Europeia Pró-Cultura, foi atribuído um apoio de 7,6 milhões de euros a 78 organizações, que formaram parcerias para implementar 24 projectos nos sectores da música, artes cénicas e literatura infanto-juvenil nos PALOP/Timor-Leste.

Estas subvenções pretendem, segundo os promotores, contribuir para a profissionalização e transformação dos sectores culturais, com o objectivo de promover o emprego nas actividades geradoras de rendimento no sector cultural.

Em Cabo Verde, oito projectos foram seleccionados, e segundo informou o presidente do Instituto do Património Cultural, Jair Fernandes, foram submetidos centenas de projectos, o que demonstra, a seu ver, “claramente” o interesse não só pelo sector da cultura, mas também pela dinâmica que a cultura mais a economia podem gerar com este programa.

“Dos oito projectos seleccionados há aqui uma grande diversidade, estamos aqui a falar de projectos de investigação científica ligados à cultura, literatura infanto-juvenil, à valorização dos instrumentos tradicionais até artes cénicas.

Por outro lado, de acordo com este responsável, abre-se, também, um veículo “extremamente importante”, preenchendo o plano de conceito de economia da cultura, e ainda um “claro” fomento ao negócio cultural que possibilita o empreendedorismo por esta via.

Por seu lado, a embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Carla Grijó, destacou a importância da cultura enquanto veículo de inclusão económica e social, considerando ser este um sector castigado pela pandemia.

“Como disse durante esses dois anos, estivemos impedidos de usufruir de produtos culturais a não ser, muitas vezes, à distância, na nossa casa, e mesmo nessa altura, a cultura foi o que nos permitiu manter alguma resiliência e alguma capacidade de resistir ao isolamento da pandemia”, afirmou.

A embaixadora considera a cultura um sector “muito importante” não só do ponto de vista do desenvolvimento pessoal e humano, mas também tendo em conta a vertente económica.

“Cabo Verde que é um país que vive muito do turismo, a cultura conjuga muito com o desenvolvimento turístico, sobretudo o desenvolvimento do turismo sustentável. Deste ponto de vista, o programa Pró-Cultura pode ajudar a estimular não só o surgimento de novos artistas, como consolidar essa oferta turística”, finalizou.

Inforpress

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