Organização do PNP almeja incluir mais trabalhos de estudantes e de mais ilhas nas próximas edições

A maioria dos trabalhos concorrentes à 6.ª edição do Prémio Nacional de Publicidade é da ilha de Santiago e os estudantes correspondem a 9 por cento do total dos candidatos.

A organização do Prémio Nacional de Publicidade (PNP) fez hoje, dia 6, uma avaliação quantitativa dos trabalhos concorrentes à 6.ª edição da premiação cujos os resultados serão conhecidos numa gala a 31 de março.

Segundo a diretora do PNP, Maria Martins, esta edição foi “muito competitiva” com 45 trabalhos concorrentes nas oito categorias. “São 155 peças que integram as 45 propostas concorrentes ao prémio Palmeira”, afirma.

O maior número dos trabalhos concorrentes (38%) está na categoria Rádio, seguida pela Internet (16%) e Campanha Integrada (11%). Os 45 trabalhos foram avaliados por uma comissão de jurados, liderada pelo roteirista Di Moretti.

Maria Martins destaca que a missão do PNP é “contribuir num setor que está a crescer à vista desarmada”, já que a publicidade financia muitos setores como a comunicação social, desporto e cinema.

Segundo os dados compilados pela organização do PNP ao longo das edições do prémio com o objetivo de conhecer e contatar o mercado publicitário, “houve, em termos de números médios acumulados, (uma diminuição) de 65 para 11 empresas concorrentes”. Ainda de acordo com os mesmos dados, o perfil dos concorrentes é constituído por empresas, freelancers, estudantes e empresas de media que trabalham com a comunicação social.

Nesta edição, entre os trabalhos avaliados 73 porcento são das empresas, 18 porcento dos freelancers e 9 porcento de estudantes. “Precisamos de mais estudantes neste prémio”, frisa a diretora do PNP por ser um momento onde os universitários são avaliados fora do contexto acadêmico.

De acordo com a mesma análise, as empresas concorrentes trabalham com as áreas comunicação e publicidade (53%), audiovisual (22%) e área gráfica/9%).

“O PNP é mais do que uma gala, um lugar de partilha e conhecimento”, enfatiza, adiantando que haverá um workshop e um masterclass sobre roteiro aberto a todos os interessados. O tema é assinalado pelo PNP como um dos défices nos trabalhos publicitários do país e a organização planeia partilhar os conhecimentos de modo a ajudar os candidatos a construírem “narrativas que tocam o coração das pessoas”.

O Prémio Público de Publicidade é escolhido pelos consumidores cabo-verdianos, tendo sido a votação encerrada desde o dia 28 de fevereiro. A organização registou um aumento ligeiro no número de votantes.

Os trabalhos candidatos ao prémio fazem parte de um conjunto de trabalhos criados e divulgados durante o ano de 2022, tendo Santiago como a origem da maior parte dos trabalhos, seguindo-se São Vicente. Maria Martins afirma do desejo da organização é incluir mais ilhas no prémio, apesar de confirmar que a procura tem aumentado mas não se tem materializado em propostas concretas.

O líder do júri, o roteirista e cineasta brasileiro Di Moretti agradeceu a oportunidade de avaliar os trabalhos e promover a aprendizagem e partilha da cultura entre os dois países. O presidente dos jurados afirma que “se emocionou com alguns projetos, que ultrapassaram a razão e os limites físicos” e classifica positivamente os trabalhos avaliados. “O roteirista é uma esponja que assimila as histórias que passam”, reforça.

Com 45 trabalhos e 11 empresas concorrentes, a gala do PNP acontece a 31 de março na cidade da Praia e vai premiar os “melhores dos melhores” trabalhos publicitários de agências, produtoras, técnicos criativos do sector da comunicação, de publicidade, multimédia e universitários.

Celine Salvador / estagiária

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