Organização dos CVMA introduz novas categorias entre as quais Música do Ano e Outros Ritmos

A gala acontece no dia 3 de junho em Cabo Verde, mas os nomeados serão conhecidos no dia 1 de abril num evento nos Estados Unidos da América.

Os Cabo Verde Music Awards 2023 não terão a figura dos pré-nomeados como nas edições anteriores. Esta e outras alterações ao regulamento dos CVMA foram reveladas pela organização na tarde desta terça-feira, 28, numa conferência de imprensa na cidade da Praia.

“Isto não tem a ver com o tempo da gala, tem a ver com o modelo que vamos adotar a partir de agora para a seleção dos nomeados e posteriormente dos vencedores. Ao adotarmos esse modelo deixa de fazer sentido a figura dos pré-nomeados. Também assim ganhamos mais tempo porque teremos apenas os nomeados”, explica a diretora de comunicação dos CVMA, Soraia Deus.

Na edição deste ano estão a concurso 17 categorias e 5 menções honrosas – Instrumentista, Digital, Compositor, Beatmaker e Produtor Musical.

Álbum do Ano, Música do Ano, Música Popular do Ano, Intérprete Feminina do Ano, Intérprete Masculino do Ano, Morna do Ano, Funaná do Ano, Coladeira do Ano, Música Tradicional do Ano, Kizomba do Ano, Hip Hop do Ano, Afrobeat/Afrohouse/Afropop do Ano, Colaboração do Ano, Outros Ritmos do Ano, Videoclipe do Ano, Artista em Palco do Ano e Artista Revelação do ano são as categorias dos CVMA 2023.

“Voltamos ao Artista em Palco porque já tivemos atuações em 2022 em quantidade para isso. Incluímos a categoria de Outros Ritmos – em substituição da Música Eletrónica – que sobrepõem todos os ritmos que até agora não eram de tal forma consagrados dentro dos Cabo Verde Music Awards, ritmos de fusão, jazz, rock, porque de facto vemos cada vez mais produção nessa área. E temos a categoria Música do Ano, além de Música Popular do Ano, porque a Música Popular é inteiramente votada pelo público e a Música do Ano é votada pelo júri”, salienta a mesma fonte.

Soraia Deus acrescenta ainda que as categorias Música do Ano, Álbum do Ano, intérprete Feminina e Intérprete Masculino tem quatro nomeações cada e as demais apenas três.

Este ano o habitual corpo de jurados dá lugar à Academia CVMA que é composta por 40 personalidades, direta ou indiretamente, ligadas à Música cabo-verdiana ou a outros setores representativos da comunidade artística e cultural da sociedade, nomeadamente, comunicação social, artes e produção de eventos, produtores, editoras, agentes musicais e músicos.

“Acreditamos que este modelo, primeiro está mais alinhado com aquilo que se está a fazer noutros países em cerimônias de premiação e permite um olhar mais interdisciplinar, eclético e muito mais amplo sobre as votações. E era isso que nós queríamos era ter uma lista cada vez mais representativa daquilo que se faz não só localmente, mas no âmbito geral porque a música de Cabo Verde felizmente está em todos os continentes”, explica Soraia Deus e acrescenta que a composição da Academia dos CVMA pode ser conhecida no site oficial do evento.

Má conduta do artista

“Nós temos a responsabilidade de ser o prémio oficial da música de Cabo Verde, então não fazia sentido não estarmos alinhados com aquilo que Cabo Verde preconiza, e, portanto, nós, obviamente, aqui quisemos colocar em regulamento aquilo que achamos que para nós é sagrado, que é de alguma forma consagrar os artistas que têm uma conduta social alinhada com os valores que os CVMA preconizam. E, portanto, tudo que seja artista cuja a conduta pública ou tudo que sejam músicas cujas as mensagens sejam associadas ao consumo de drogas, álcool, a incitação da violência ou outros fenómenos e flagelos sociais condenáveis não devem ser consideradas para nomeação”, deixa claro a organização do evento.

A gala acontece no dia 3 de junho em Cabo Verde e serão considerados os trabalhos lançados entre 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2022. Como forma de descentralizar os CVMA, a organização vai realizar no dia 01 de abril um evento nos Estados Unidos da América para apresentar os nomeados da gala que este ano acontece sob o lema “O Futuro é Agora”.

“Foi um desafio que nos foi lançado por parceiros locais dos EUA a quem nos associamos e, portanto, digamos que em termos financeiros não tem propriamente impacto no orçamento dos CVMA porque é algo que estamos a fazer em parceria. Agora, estou certa que sairemos todos de lá mais ricos porque passamos a mensagem dos Cabo Verde Music Awards a mais pessoas, levamos a música de Cabo verde a Diáspora, deixamos esta mensagem e esta missão de cada vez mais internacionalizar a música de Cabo Verde”.

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