
Terça-feira, 28 de Março, 2023
O produtor e também presidente da Associação Cesária Évora, José da Silva, acredita que ainda não foi dada a “devida atenção” ao projecto de construção de um museu sobre a “maior artista” de Cabo Verde.
Conforme José da Silva, mais conhecido por Djô da Silva, e foi também produtor da cantora, o maior desejo da associação era ter um “lugar digno”, em São Vicente, onde a artista nasceu e morreu, para que “todos que venham para Cabo Verde ao encontro de Cesária encontrem em boas condições”.
A ideia já foi apresentada, desde a sua morte, em 2011, ao Governo, embora haja “só intenções”, e continuem com esperança de ter um financiamento de nível internacional, segundo a mesma fonte, que falava hoje em conferência de imprensa, no Mindelo, para apresentar programação de homenagem em Dezembro para assinalar os dez anos sem a artista.
“Na nossa ideia, essa casa não seria somente uma casa de Cesária, mas, através dela mostrar a cultura de Cabo Verde”, explicou José da Silva, tomando como exemplo projectos internacionais de países que tiveram a “sorte” de terem artistas como Cesária Évora.
Considerou ser isso que Cabo Verde deveria fazer e “deixar para trás as demonstrações só de interesse e passar para a acção”, isto porque, asseverou, ainda “não foi dada a devida atenção” à uma artista como Cesária Évora.
“Estamos num País em que a pressão popular praticamente não existe, se já existisse talvez este museu já estava feito”, advogou José da Silva, admitindo que quem tem mais a ganhar com a infra-estrutura seria São Vicente e que sozinho não pode fazer muito.
Entretanto, disse ter confiança que o projecto do museu vai avançar um dia, já que “o melhor de Cesária está por vir”, porque se algo “estoirar” sobre a cantora no estrangeiro, o País tem de seguir o exemplo.
José da Silva assegurou que as peças mais importantes do espólio da artista, apesar dos dez anos passados, ainda estão preservadas.
Cesária Évora que nasceu no Mindelo a 27 de Agosto de 1941 e faleceu 17 de Dezembro de 2011 na mesma cidade, foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana.
Foi apelidada de “rainha da morna” e conhecida como a diva dos pés descalços, com uma carreira que percorreu diversos palcos do mundo e com vários prémios arrecadados a nível nacional e internacional.
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