
Sábado, 4 de Fevereiro, 2023
De acordo com informação do Ministério das Indústrias Criativas, as obras, que decorriam desde setembro, visaram “reparar as anomalias patológicas do edifício e aumentar a vida útil do edifício”, no centro da cidade do Mindelo, de “grande valor histórico”, garantindo “a sua funcionalidade e modernização e preservando o seu valor histórico, cultural e arquitetónico”.
A reabertura do edifício e da primeira fase do Museu do Mar, ali instalado, vai acontecer na tarde de segunda-feira, com a inauguração da exposição temporária “Cabo Verde nas Rotas do Atlântico: Um olhar através da Arqueologia”, no âmbito da passagem pelo Mindelo, de 20 a 25 de janeiro, da etapa da Ocean Race, a maior e mais antiga regata do mundo.
Em causa estão obras no valor de 8,5 milhões de escudos (77 mil euros) no âmbito de um protocolo tripartido entre o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto do Património Cultural, o Ministério do Mar, pelo Fundo Autónomo das Pescas, Direção Nacional das Pescas e Aquacultura, e o projeto de arqueologia subaquática da região da Macaronésia “Margullar”.
A Torre de Belém do Mindelo foi construída no período de 1918 a 1921, para ser uma réplica da fortificação original, edificada entre 1514 e 1519 em Lisboa, seguindo-se em 1937 a construção de um anexo e de um pátio, que serviu de moradia dos capitães-mor da capitania, secção de Justiça e departamento responsável pelas investigações relativas a crimes de litígios e âmbito marítimo no período colonial.
Na década de 60 foi edificado um anexo que funcionou como Arquivo dos Serviços Provinciais da Marinha, enquanto a cave acolhia um antigo cárcere. Em meados dos anos 80, já após a independência de Cabo Verde, foi instalada no edifício a empresa pesqueira que se encarregava de apoiar a pesca artesanal e atuava na comercialização de pescado e fornecimento de artes e apetrechos de pesca, extinta seis anos depois.
Desde 2015 que o edifício recebe o Museu do Mar de Cabo Verde.
Está prevista para o edifício uma segunda fase de trabalhos, a realizar este ano, com a musealização e introdução de elementos de interpretação no interior.
Localizado entre o Mercado de Peixe e a Praia dos Botes, em plena Avenida Marginal e defronte para o Porto Grande e para o Monte Cara, o monumento centenário tinha recebido a anterior intervenção em 2010.
Lusa
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