
Terça-feira, 26 de Setembro, 2023
Filinto Elísio, da Rosa de Porcelana Editora, organizador do Festival Literatura Mundo (FLMSal), considerou ontem, dia 8, que cada edição do Festival é uma “aventura crioula”, e realizar estas jornadas têm sido “uma balsâmica alegria”.
Filinto Elísio, um dos criadores do projeto Festival Literatura Mundo-Sal, juntamente com José Luís Peixoto, Márcia Souto e Patrícia Pinto, falava na abertura oficial da 5ª edição do Festival Literatura Mundo, em acto presidido pelo Presidente da República, José Maria Neves.
“É uma alegria, por mais um sonho concretizado, mais um programa cumprido, que é esta 5ª edição do Festival Literatura Mundo do Sal. Cada edição é uma grande aventura, uma aventura crioula, para tomarmos de empréstimo o feliz título de uma emblemática antologia feita do professor e escritor Manuel Ferreira, versando as várias gerações literárias, e as suas linhas temáticas norteadoras”, manifestou.
Uma “aventura crioula”, que cada edição, conforme denota, tem as suas complexidades assim como as suas especificidades, e realizar estas jornadas têm sido, “de facto, uma balsâmica alegria”.
Destacando, por outro lado, a presença de estudantes no evento, o responsável disse que a aposta no Festival Literatura Mundo Sal é uma sementeira com futuro.
“Uma sementeira farta, para farta colheita na próxima encruzilhada do caminho. Com muitas virtualidades ainda por explorar, não tenhamos dúvidas de estarmos, todos, a meio do caminho. Todavia, olhando para o percurso transcorrido nestas cinco edições, não pudemos nos deixar de sentir algum orgulho, por isto que soubemos pôr de pé”, exteriorizou.
Por sua vez, em representação do Governo, a Secretária de Estado do Ensino Superior espera que, assim como na música, com este festival também sejam “enaltecidos e reconhecidos” cultores das letras, cabo-verdianos e do mundo, sobretudo, os originários de Cabo Verde e da vasta diáspora, que encontrem também na Literatura Mundo um espaço de expressão e de consagração.
“A ilha do Sal, pela sua especificidade turística, encontra agora na cultura um elemento importante para a partilha e a circulação de saberes, escritos e afetos, e para a afirmação de Cabo Verde, não só no panorama da produção da literatura, mas também na partilha de perspetivas sobre o mundo e na construção de saberes literários e científicos”, concretizou.
E o presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, anfitrião do evento literário, augura também nesta edição do Festival intervenções com substâncias, e acima de tudo “posições ousadas” sobre algumas das questões fundamentais com que a literatura se confronta nos dias de hoje.
“Especialmente nos domínios do estudo, reconhecimento, tradução, circulação, rompendo tabus e atravessando fronteiras”, especificou, referindo que o tema central deste encontro, “Língua e Identidade”, remete para uma única realidade e convoca as aspirações e ideais da nossa República.
O autarca concluiu, dizendo que o Sal, enquanto destino turístico de maior intensidade em Cabo Verde, olha para esta temática com “especial acuidade”, porquanto a ampliação e diversificação da oferta turística, enraizada na cultura, língua, património e na identidade, são “poderosos fatores agregáveis” à dinâmica do País, Cabo Verde.
“Encaramos este festival com sentido de pertença, exige de todos nós zelo e cuidado, apoio e reconhecimento. Um bem-haja a todos”, finalizou.
Mais de 30 escritores se fazem presentes no Festival Literatura-Mundo, contando com a Curadoria Científica da Professora Inocência Mata, este ano em homenagem a Dulce Almada e António Tabucchi.
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