Santo Antão: Organização do “Sete Sóis, Sete Luas” enaltece 25 anos do evento, mas diz que “muita coisa” ficou por concretizar

O diretor do Festival Sete Sóis Sete Luas (7S7L) enalteceu esta segunda-feira, 06, na Ribeira Grande, os 25 anos do evento musical que classificou como “intensos” em que “muitos sonhos foram realizados”, mas revelou também que “muita coisa” ficou por concretizar.

sete Em declarações à Inforpress, Marco Abbondanza disse que muito do que se pretendia com a implementação do Centrun Sete Sóis Sete Luas da Ribeira Grande ficou “aquém do esperado” devido aos constrangimentos.

É que segundo justificou, o Festival Sete Sóis Sete Luas não tem um orçamento próprio e, até agora, o Governo e outras entidades não conseguiram encontrar uma solução para este problema.

“Sentimos um pouco abandonados pelo Governo de Cabo Verde, Ministério da Cultura, União Europeia e muitas entidades. Um projeto que já mostrou o seu mérito, por todos os trabalhos feitos para internacionalizar artistas e, realmente, não estamos a ver o reconhecimento deste trabalho”, desabafou.

Segundo Marco Abbondaza, pela experiência que o projeto 7S7L tem, o mesmo deveria ter “mais atenção” dessas entidades e não estar “sempre no meio de tempestades e precariedades”.

Conforme a mesma fonte, “sem dúvidas”, o Festival Sete Sóis Sete Luas é uma “experiência inovadora” no âmbito da cultura, e merece ter um orçamento próprio para promover as suas atividades, não apenas na altura do festival, mas durante o ano inteiro.

Um grande desafio que o diretor do festival considerou resolver nos próximos anos, bem como almejou ver, é a banda que foi criada com os “melhores músicos” de Santo Antão a pisar outros palcos do mundo.
Para celebrar os 25 anos do Festival Sete Sóis Sete Luas, que serão assinalados na Ribeira Grande, Santo Antão, na sexta-feira e sábado, Marco Abbondanza garantiu que a programação será “diferente e especial”.

Nesta edição, artistas e bandas como Cordas do Sol, Fetén Fetén, Homero Fonseca, Julliata Cohen, Lysandra Gomes, Jéssica Rodrigues, Ruben Teixeira, Djony do Cavaco são alguns nomes que constam do cartaz.

O festival acontece em Cabo Verde desde 1998, e tem trazido a Cabo Verde um misto de ritmos e artes do mediterrâneo e do mundo lusófono, é um projeto da rede cultural integrada por 30 cidades, distribuídas por dez países (Cabo Verde, Brasil, França, Itália, Marrocos, Espanha, Eslovénia, Croácia, Roménia e Tunísia).

Inforpress

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