
Terça-feira, 26 de Setembro, 2023
O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, em São Vicente, recebe, na sexta-feira, o “Concerto Figuras Incontornáveis” em homenagem a Aníbal Lopes da Silva e Luís Loff Vasconcelos, duas figuras do mundo financeiro e da cultura cabo-verdiana.
De acordo com nota do Ministério das Finanças, o concerto, que será animado pelos artistas Bau Almeida, Carmen Silva e Edson Oliveira, é promovido pelo Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, em parceria com o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através da Direção Geral das Artes e das Indústrias Criativas.
Luís Loff de Vasconcelos nasceu a 05 de Janeiro de 1861 na ilha do Maio, foi escritor e jornalista e faleceu em São Vicente a 19 de Março de 1932.
Filho de um português e de uma cabo-verdiana, Loff de Vasconcelos passou grande parte da sua adolescência na ilha de Santiago, onde foi presidente da Câmara da Praia, no entanto viveu na ilha Brava e posteriormente em São Vicente, na ilha onde publicou grande parte dos seus escritos e faleceu.
“Ecos d’aldeia”, publicado em 1897, em São Vicente, representou a estreia de Loff de Vasconcelos na escrita, a que se seguiu uma presença assídua no mundo da literatura até um pouco antes da sua morte.
De entre os livros publicados estão “O Extermínio de Cabo Verde”, “Pavorosas Revelações”, “Como nós colonizamos”, “O advogado de um Comerciante”, “Questões sociais – Autoridade na família” e “Perdição da Pátria”, entre outros.
Loff de Vasconcelos foi igualmente dirigente dos jornais “A Opinião” (1902) e “O Independente” (1812).
Para além do jornalismo e da escrita, áreas em que ficou consagrado, Luís Loff de Vasconcelos dedicou-se ainda ao Direito, à Meteorologia, ao Comércio, ao Ensino, tendo sido professor de francês e de contabilidade comercial.
Já Aníbal Lopes da Silva nasceu no ano de 1915, em Ponta do Sol, no concelho da Ribeira Grande, Santo Antão, e formou-se em Medicina. Filho de um importante proprietário agrícola e advogado, Manuel Lopes da Silva, aos nove anos seguiu para Portugal onde iniciou os seus estudos, seguiu depois para Espanha onde prosseguiu a sua formação no colégio Jesuíta de “La Guardia”, então expulso de Portugal e que recebia a aristocracia portuguesa.
Na Espanha, fez os seus estudos em Medicina e rumou depois para França, onde se especializou em Estomatologia. O regresso de Aníbal Lopes da Silva a Cabo Verde aconteceu em 1940, já casado com aquela que seria a sua companheira de toda a vida, D. Zinha (Joana Lopes da Silva).
Fixou-se em São Vicente, tornando-se num dos notáveis da ilha. Foi membro do Grémio do Mindelo, e também, durante largos anos, diretor da Rádio Barlavento, onde animou o programa de atualidades “Revista Sonora”, por onde passaram várias individualidades.
Durante vários anos, Aníbal Lopes da Silva foi o único estomatologista de Cabo Verde, recebendo no seu consultório do Mindelo gente de todo arquipélago, um deles era o antigo Presidente da República Aristides Pereira, de quem se tornou amigo.
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