
Segunda-feira, 5 de Junho, 2023
Os quatro grupos oficiais do carnaval de São Vicente devem reunir na terça-feira, 21, entre 800 a 1.600 foliões, cada, para preencher as diferentes alas que retratam os respetivos enredos escolhidos para o desfile.
O “Flores do Mindelo” é quem dá pontapé de saída aos desfiles, que acontecem pela primeira vez em período noturno.
O grupo deverá entrar no sambódromo às 18:30, trazendo o tema/enredo “Renascer num voo”, que será definido através de cerca de 800 figurantes, uma comissão de frente e três carros alegóricos.
O tema trazido por Flores do Mindelo, segundo a sinopse, retrata o “voo turbulento” da ave Fénix que chega a cair e desfazer-se em cinzas.
“A Fénix nasceu num berço pobre e humilde. Para não morrer a sua pele nunca envelhece desfazendo-se em cinzas e renascendo a cada carnaval num voo esplendido e pleno”, argumentou o grupo.
O segundo a animar as ruas do Mindelo é o Estrela do Mar, às 19:00, que também deve trazer o mesmo número de foliões, 800, e também três andores e um tripé para a comissão de frente.
A organização do grupo dá corpo ao enredo “No Salvá nôs planeta azul” no qual referem que “deuses dos cinco oceanos tomaram consciência da natureza egoísta do homem e da sua propensão para destruir o equilíbrio do único planeta azul existente em todos os universos, trataram de urdir um plano de resgate, não apenas da Terra, mas também dos seres humanos”, lê-se na sinopse.
De seguida, Cruzeiros do Norte deverá entrar às 19:30, com o enredo “Três Cosa Sab na Vida: Saúde, Dinheiro e Amor”, também animado com cerca de 800 figurantes, três andores e um tripé da comissão de frente.
A ideia, conforme revelada pelo grupo na sinopse, é que “a felicidade e a infelicidade dependem se tivermos ou não estas três coisas juntas, e quem as tiver pode dar graças a Deus, cair num mar de felicidade sem pensar em problemas, por mais que elas existam, vivendo sem rédeas e sem se lamentar muito”.
O quarto e último grupo será Monte Sossego e deve desfilar às 20:00 com três carros alegóricos, um tripé de frente e com maior número de foliões, entre 1.400 a 1.600, segundo informações do presidente, António Duarte.
O enredo é inspirado no poema do falecido escritor, político, diplomata e poeta mindelense Onésimo Silveira, “O povo das ilhas quer um poema diferente para o povo das ilhas”.
Conforme os fundamentos da agremiação, “num tempo diferente, a futilidade, a trivialidade e a superficialidade reinam, onde a crítica social fácil, retórica e populista tomam conta do espaço mediático, sobretudo nas redes sociais, onde a manipulação democrática é feita por todos os quadrantes com mestria”.
Antes disso, na noite de segunda-feira será a vez da Escola de Samba Tropical, que não faz parte do concurso, mas, como de costume, pretende mostrar “glamour e muito brilho” aos mindelenses com cerca de 1.200 foliões, um tripé abre alas e um carro alegórico, retratando o tema “Reviver o Passado é Celebrar Duas Vezes”, em homenagem à fundadora do grupo Luísa Morazzo.
“A escola cresceu e com o seu engrandecimento ao longo do tempo, colocou a seu lado, para reinar junto a si no trono aquela que viria a tornar-se a Imperatriz do Carnaval Mindelense. Da Rua d’Cavoquim para o Mundo, abram alas, encham o peito e soltem as vozes para receber a nossa divindade maior”, lê-se na sinopse.
A partir da sexta-feira, 17, a cidade do Mindelo vai respirar Carnaval com desfiles das escolas de ensino básicos, jardins de infância, associações, mas, também o grupo dos professores, da Delegacia de Saúde de São Vicente e vários outros de animação.
Inforpress
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