SCM anuncia abertura de delegação na região norte sediada em São Vicente

A Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) vai ter uma delegação para a região norte, sediada em São Vicente, “mais um sonho de todos os músicos e autores cabo-verdianos” que se concretiza, segundo a presidente da sociedade.

Solange Cesarovna falava hoje em conferência de imprensa, no Mindelo, a propósito do programa de celebração do 9º aniversário da SCM, que se comemora no sábado, 19, e, sem indicar a data específica da abertura do escritório na ilha de São Vicente, adiantou que o mesmo vai funcionar na Casa da Música, numa parceria com a câmara municipal local.

“Estamos a atender a um sonho da assembleia-geral e da direção da SCM e à legítima reivindicação dos autores, compositores, músicos, artistas e produtores musicais da região para termos um escritório que esteja mais perto”, precisou Solange Cesarovna.

“Uma felicidade grande porque sempre sonhamos descentralizar os nossos serviços”, continuou, para levar as mesmas oportunidades a todos em todas as ilhas, pelo que “já fazia falta” a delegação para melhor servir os utilizadores das ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau.

O objetivo da delegação, cujos colaboradores já se encontram em “formação intensiva”, é, segundo Solange Cesarovna, trazer mais ações formativas e também, prosseguiu, poder aumentar o número de membros e de utilizadores que pagam os direitos autorais, e com isso aumentar a cobrança para ter mais valor para distribuir aos membros da SCM.

O programa de celebração dos nove anos da SCM, que se inicia sábado, 17, e se prolonga até o mês de Dezembro, tem o pontapé de saída previsto para as 14:00 de sábado, na Cidade da Praia, numa atividade com os seus membros, associados e parceiros, um palco aberto com atuações previstas de Manel de Candinho, Zé Rui de Pina e Tete Alhinho, entre outros nomes, dedicado a Antero Simas.

Até o mês de Dezembro, o programa contempla ainda um rol de ações de formação aos artistas e autores nas ilhas de São Nicolau, Maio e Sal, uma aposta em campos criativos para trocas de experiências entre autores, músicos e compositores de diferentes gerações, para trazer o estímulo contínuo à criação, para além do lançamento do projeto denominado “SCM no Palco”.

Aposta em firmar mais protocolos com entidades parceiras para “mais e melhor” investigação para o sector da música e proteção legal para o cumprimento da lei e implementação da obrigatoriedade legal de pagamento dos direitos de autor, é outro ponto do programa comemorativo.

Sobre o balanço dos nove anos de existência da SCM, Solange Cesarovna classificou-os de anos de realizações “muito prósperas”, de contribuição e serviço para a “nobre missão” de defesa dos direitos autorais, que hoje permite Cabo Verde, avançou, viver uma narrativa à volta do respeito da profissão do autor, do artista, à volta do início do pagamento dos direitos autorais, que são “o verdadeiro salário” de quem cria e do profissional do sector criativo.

Nove anos também, prosseguiu, de crescimento e de consolidação da sua estrutura na sede na Cidade da Praia, para além de “ganhos substanciais” que foram os contratos efetuados, durante a fase mais crítica da pandemia da covid-19 com diversas plataformas digitais e conseguir ir cobrar os direitos autorais dos músicos da SCM nas plataformas digitais.

Por fim, elencou, como ganhos, as respostas “muito positivas” através das parcerias com as diversas câmaras municipais do País, para a descentralização dos serviços da SCM nas diferentes ilhas e concelhos, para além de “parcerias estruturantes” com o PNUD e a Cooperação Luxemburguesa para as acções formativas para os autores e os artistas.

Inforpress

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