
Sábado, 2 de Dezembro, 2023
O Cachupa na Casa é “um projeto familiar de gastronomia africana que serve cachupa e outras iguarias cabo-verdianas” que surgiu em Portugal em abril de 2020, segundo conta ao Balai a promotora Manuela Chantre. “Começamos no ano passado, na altura em que começou a pandemia, por termos verificado que havia pouca “oferta” neste segmento”, explica.
Começou por fazer a cachupa em casa e apostou no take away e na entrega a domicílio, na zona de Loures e Odivelas (distrito de Lisboa). Mais tarde surgiu o delivery através de uma plataforma de entrega de refeições e alimentos online, a UBER Eats.
Após um ano e mediante a aceitação do público, Manuela resolveu apostar num espaço físico no Oeiras Parque e atualmente emprega quatro pessoas neste projeto.
“A cachupa é a estrela da casa, mas traz outros convidados”, passa por explicar Manuela Chantre e diz que fazem parte do cardápio outros pratos, como pasteis de milho, pudim de queijo, e produtos africanos, como o picante, de países como a Guiné-Bissau, Senegal, etc.
A promotora do Cachupa na Casa adianta que os pastéis de milho são os queridinhos do público e que “fazem questão de os servir quentinhos”.
O preço da cachupa varia entre dos 8 euros, para a cachupa refogada, e os 16,5 euros, para uma dose dupla de cachupa rica.
As iguarias para take away e delivery são servidas em embalagens com rótulos com frases em crioulo: Dod na Bo é o nome da caixa de brigadeiros, por exemplo.
Mas afinal como surgiu o interesse pela cozinha africana? “A cachupa sempre se fez presente, desde que sou gente”, responde esta neta de cabo-verdiana, a avó era natural da ilha do Fogo, e cuja mãe nasceu na Guiné-Bissau.
Coincidências da vida ou não, é casada com um cabo-verdiano, e Manuela diz que sempre gostou de panelas grandes de comida e receber pessoas em casa. Começou a trabalhar na restauração há dois anos e além do projeto Cachupa na Casa também tem uma hamburgueria, mas durante muitos anos trabalhou na área de seguros.
Até então revela que o feedback do público tem sido positivo e adianta que entre os clientes da casa há africanos que moram em Portugal, mas são os portugueses que mais fazem pedidos.
Diz que as perspetivas para o negócio são boas por isso resolveram arriscar e apostar num espaço físico num centro comercial, apesar de ainda não haver um retorno imediato.
Para o futuro, ambicionam prestar serviço de catering com os pratos africanos que são a sua especialidade, bem como abrir um espaço que não seja num centro comercial.
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