Passagem do ano: Cidade da Praia regista grande afluência de pessoas aos salões de beleza

Numa ronda feita esta manhã pela Inforpress ao mercado de Sucupira, o maior do país, um espaço que alberga a maioria dos cabeleireiros e manicures da cidade da Praia, constatou-se que em todas as artérias daquele espaço há uma enchente de pessoas, outras de pé e algumas sentadas, à espera da sua vez para cuidar da sua beleza para a passagem do ano.

A procura é tanta que muitas cabeleireiras e manicures não conseguem dar resposta às solicitações da clientela.

De acordo com as entrevistadas Ruth Silva, cabeleireira há 23 anos, e Mónica Gomes, com 15 anos de serviço neste sector, nestes dias têm estado a chegar a casa tarde, por causa de muitas pessoas que têm estado a procurá-las para fazer o penteado.

As mesmas entrevistadas sublinharam que têm estado a fazer quinze horas de trabalho por dia nessa época. Chegam às 08:00 da manhã e voltam para casa até às 23:00.

Mesmo assim, segundo afirmam, não conseguem dar respostas a todas as solicitações, devido a tanta procura de pessoas oriundas de diversas localidades da ilha de santiago e de emigrantes em férias.

Questionadas sobre os preços desses penteados, as mesmas adiantaram que variam de 500 a 3000 escudos, conforme o pedido dos clientes.

Quanto ao tipo de penteados, tanto a Ruth Silva como a Mónica afirmaram que este ano a maioria tem procurado tranças longas denominadas em Cabo Verde “grodi” e “braids locs”.

Já em relação aos manicures e pedicures a Inforpress constatou também muita afluência de pessoas, tanto jovens como adultos e mais velhos.

Para a manicure e pedicure, Sónia Mendonça diz que tem estado juntamente com a sua colega a receber em média cerca de 40 a 50 pessoas por dia, para pintar unhas normais e fazer o gelinho que leva meia-hora por cada pessoa.

“A procura de tratamento de unhas é tanta, que chegamos muito tarde às nossas casas, e mesmo assim não conseguimos dar resposta a todas as solicitações. Há uma cliente que ficou a chorar porque não conseguiu fazer unha depois de ter procurado em tantos outros lugares”, assegurou.

Em entrevista â Inforpress, uma outra manicure, Liliana Almeida, mais conhecida por “Belinda”, que trabalha nesse ramo há vários anos, relatou que também tem recebido na sua barraca muitas pessoas e que muitas vezes não consegue fazer unhas a todos os clientes.

Todas as entrevistadas afirmaram que a maior procura das mulheres em relação a manicure e pedicure para a passagem do ano tem sido o gelinho, que custa 1000 escudos e pintura de unhas normais, com o preço de 400 escudos.

Adiantaram que todos estes esforços para atender a esta demanda é porque o mês de janeiro há fraca afluência das pessoas a procurarem este tipo de serviço, por isso estão a aproveitar esta época festiva para arrecadar algum lucro, porque depois do ano a movimentação será quase nula.

Por outro lado, a Inforpress constatou que no ramo de venda de roupas e calçados havia fraca afluência de pessoas.

Segundo os entrevistados, tanto dos boutiques mais procurados da Cidade da Praia e barracas em Sucupira, a venda está muito fraca esses dias, referindo que muitas pessoas não estão a comprar por causa do desemprego e a consequente falta de dinheiro, situação que leva a que muitas pessoas optem por passar o ano casa, com a família.

Outras apontaram também a insegurança que assola a cidade como motivo para passarem o ano em casa.

As festas do final de ano na capital regressam este ano com alta procura por bilhetes que em algumas organizações de eventos já estão quase esgotados, após dois anos de medidas restritivas para combater a pandemia da covid-19.

Contudo, esse ano, com a situação epidemiológica “estável” no País, as tradicionais festas de final do ano voltam com muita afluência na capital cabo-verdiana, visto que, conforme os organizadores ouvidos pela Inforpress, as pessoas estavam nostálgicas, daí a forte adesão.

A Câmara Municipal da Praia avançou esta quarta-feira um leque variado de artistas que vai actuar na virada de ano, no 31 do corrente, no largo da Quebra Kanela, com Gil Semedo, cabeça de cartaz, SOS, PCC, Vanessa e o grupo Bulimundo ,para aqueles que não têm condições e aqueles que prefiram passar em espaços abertos.

Inforpress