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Em cada Porto, São João!

Desde menino que eu alimentava o sonho de ir ao Porto Novo por altura das festas de São João. Das três festas de romarias (Santo António das Pombas, São João Baptista e São Pedro Apóstolo) que se comemoram na ilha de Santo Antão, durante o mês de junho, na minha infância só não tive oportunidade de ir às festas de São João. De modo que, sempre que via outras crianças a irem, na companhia dos seus familiares, ficava um pouco triste, pior ainda ficava quando, no regresso, elas relatavam os bons momentos que tinham passado.

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Ciclope Gongon – O Gigante Petrificado de Ribeira das Pombas

Pouco tempo após o ocaso, a Lua nasceu gigante e brilhante, no horizonte do mar da Pontinha de Janela. Assim que ela se ia erguendo no céu, o seu intenso brilho, sobre o mar, deixava um reflexo prateado. Em ponto menor, imperava, impávido, o Farol Fontes Pereira de Melo que, desde o seu palanque, situado na encosta fronteira do Ilhéu d’Boi, sinalizava, com o seu feixe de luz intermitente, as embarcações em trânsito nas proximidades da costa nordeste da ilha.

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A Lenda do Encantado da Pontinha de Janela

O dia já se encaminhava para a noite, com o sol a preparar-se para, uma vez mais, mergulhar no horizonte do mar da Pontinha de Janela. Sentado junto a ombreira da casinha de palha, nho Serafim contemplava o formar repentino de nevoeiro nos picos da Ribeira do Penedo, enquanto tirava fumo do seu cachimbo. A sua mão esquerda segurava o queixo, deixando-se aparentar pensativo e bastante preocupado. E deveras tinha razão para se encontrar nesse estado de manifesta aflição.

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O calvário de Santo Antão – Um gigante com pés de barro?

Santo Antão é a segunda maior ilha de Cabo Verde, com uma área de 779 Km2, o que representa quase 1/5 da superfície que constitui o território nacional. Ainda que maioritariamente montanhosa, esta é uma ilha com enorme potencial hídrico e produção agrícola, sendo a cana sacarina uma das plantações que ocupa grande parte dos terrenos dedicados à agricultura do regadio.

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Gepeto e Pinóquio – Amor (sur)real entre pai e filho

Somos um ser em constante transformação, muitas vezes, numa incessante busca pela perfeição. Em cada fase da vida, tal qual um camaleão, nos reinventamos, adotando novos comportamentos e um estilo de vida condicionado pelo contexto no qual nos encaixamos. É essa a natureza humana, se reinventar e adaptar-se ao longo da vida.

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A transformação digital no sistema financeiro

A constante insatisfação do homem é o impulsor do progresso na busca de novas soluções para os problemas do quotidiano e emergentes. E ainda bem que assim é! Pois, caso contrário, nunca teríamos deixado as cavernas onde habitaram os nossos antepassados ou, quiçá, ainda estivéssemos agarrados às árvores como os primeiros hominídeos.

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Enigmas da natureza – Camarões nas Ribeiras de Santo Antão

Há dias fiquei fascinado, ao ver umas fotos de camarões que tinham sido capturados na Ribeira do Paul. Este ano, a ilha de Santo Antão está a ser bafejada por muita chuva, que tem caído, com alguma regularidade, desde meados de junho. No caso do Paul, o vale mais verdejante de Cabo Verde, muita água na ribeira nunca foi novidade, mas, por estes dias, pode-se dizer que a ribeira virou rio, tamanho é o caudal de água que nela corre em direção ao mar. E, água fresca a entrar continuamente no oceano soa a convite para os camarões subirem ribeira acima.

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Azáguas – o renovar da esperança em tempos de escassez

Há quem considere que Cabo Verde é um conjunto de ilhas atlânticas sob a influência direta do maior deserto “quente” do mundo, o Saara, onde praticamente não chove. E, realmente, isso não deixa de ser verdade. Durante grande parte do ano, do céu quase sempre azul anil não se vê cair um único pingo de chuva, na maioria das ilhas. A exceção situa-se entre junho e novembro. Um período que por aqui se chama de “azáguas”.

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