Acesso ao financiamento precisa mais do que nunca ser melhorado – presidente da CCB

O presidente da CCB defendeu hoje que o acesso ao financiamento, cujos indicadores do Banco Mundial mostram que Cabo Verde teve sucessivamente a menor pontuação, precisa mais do que nunca ser melhorado, via sua adequabilidade à realidade empresarial.

O presidente da Câmara de Comércio de Barlavento (CCB), Jorge Maurício, falava no âmbito da conferência Internacional sobre “Formação, Formalização e Financiamento Empresarial” organizada pela Pró Empresa e a Câmara de Comércio de Sotavento em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo avançou, cerca de 85 por cento (%) do tecido empresarial cabo-verdiano é composto por micro, pequenas e médias empresas, ou seja, unidades produtivas, com características e necessidades peculiares.

Por isso, defendeu que o acesso ao financiamento, um dos itens do então ranking do Doing Business do Banco Mundial, e onde Cabo Verde teve sucessivamente a menor pontuação, precisa mais do que nunca ser melhorado via sua adequabilidade à realidade empresarial.

Para Jorge Maurício, a Formação, Formalização e Financiamento Empresarial é o caminho assertivo para o crescimento equitativo e desenvolvimento inclusivo que todos desejam em Cabo Verde, para quem nunca a importância da formação foi tão evidente como nos tempos actuais, tanto para quem emprega como para os próprios trabalhadores.

Neste quadro, assegurou que a capacitação intra e inter empresas é, e tem sido, um produto mais expressivo e impactante das câmaras de comércio, enquanto agentes activos no processo de melhoria contínua do ambiente de negócios no país.

Aproveitou a ocasião para chamar a atenção para a necessidade de uma verdadeira formalização, por considerar que muitas vezes o país tem políticas fiscais que “são cegas, e não correspondem exatamente à estratégia que o país definiu”.

“Em Cabo Verde nós temos a lei da modernização administrativa que ninguém utiliza, é uma lei que tem 10 anos, muito importante, combate a burocracia e ninguém utiliza. Portanto, o refúgio de ir à lei é um escape, porque pode-se ir à lei correcta, à lei de modernização administrativa para combater de facto a burocracia em Cabo Verde que é um factor impeditivo do negócio”, frisou.

Ao presidir o evento, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, reiterou que o país precisa criar anualmente dois mil novos empregos, dos quais mil em resposta à demanda dos jovens que saem do ensino superior.

Para isso, argumentou, o caminho é reinventar soluções, aprender com os outros, seja a nível institucional, da formação, da formalização, mas também ao nível do financiamento, afirmando que esses postos só podem ser criados através do empreendedorismo, auto-emprego e micro-empreendedorismo.

Um dos pontos altos desta conferência foi a assinatura de memorandos, entre a Pró-Empresa com a sua congénere brasileira, Sebrae, e entre a Casa do Empreendedor e as Câmaras de Comércios e do Turismo.

Inforpress

 

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest