Adeco pede aumento do rendimento nacional para que famílias possam aceder ao consumo básico

Este apelo foi feito em conferência de imprensa, pelo secretário da direcção da Adeco, Nelson Faria, a propósito dos 25 anos da Adeco, durante a qual salientou o percurso, o papel e a contribuição que a associação tem dado em defesa dos consumidores em Cabo Verde.

Segundo Nelson Faria, pelo Índice de Consumo Essencial (ICE), uma ferramenta construída pela Adeco para medir as necessidades de consumo do indivíduo saudável e comparar essa necessidade de consumo com a realidade dos salários em Cabo Verde, fica visível que a realidade dos salários é muito baixa comparativamente às necessidades de consumo.

“Por exemplo, o Índice de Consumo Essencial em São Vicente é de cerca de 21 mil escudos, valor superior ao salário mínimo em mais 33 por cento (%), no Sal é 29 mil escudos, mais de 50 % do salário mínimo nacional”, referiu lembrando que o salário que o cálculo é feito apenas para um único indivíduo saudável e não inclui uma família inteira.

Na conferência de imprensa, o secretário da direcção da Adeco pediu, igualmente, mais adesão de associados e incentivou os cidadãos a formalizar queixas junto da associação caso os seus direitos forem violados. Isto porque, salientou, a Adeco só poderá intervir se as queixas forem formalizadas.

“Todas as reclamações formais que nós temos recebido temos actuado sobre elas, quer em instâncias judiciais, mas, primeiramente, de uma forma pedagógica junto das entidades reclamantes. Nós pretendemos também fazer um papel de consciencialização não só com os consumidores, mas, também junto das empresas que prestam serviços e oferecem produtos”, explicou.

Sobre a contribuição da Adeco, Nelson Faria defendeu que a associação tem feito um “papel meritório” na consciencialização e defesa do consumidor e também em outras esferas, nomeadamente do ambiente e do associativismo relativamente ao papel da sociedade civil dentro da sociedade cabo-verdiana.

Inforpress