
Domingo, 4 de Junho, 2023
A unidade local da Alta Autoridade para a Imigração, no Sal, fomentou hoje uma conversa aberta sobre diversidade cultural e a importância do diálogo intercultural para alcançar a paz e o desenvolvimento.
A acção teve lugar na tarde de hoje, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural e o Desenvolvimento, assinalado a 21 de Maio, tendo como oradores o pastor da Igreja do Nazareno Luís Monteiro e a cientista social Arminda Lopes.
Na sua dissertação, na qualidade de cidadão comum, o pastor Luís Monteiro, baseado no tema da conversa, compreende que é possível ter-se uma cultura de paz em Cabo Verde e no mundo.
“Quando olhamos para o exterior do nosso país, e damos conta de muitas guerras que estão tendo lugar… fico deveras preocupado, não obstante, todo o esforço que tem sido feito por intermédio da Organização das Nações Unidas (ONU), e outras instituições de impacto a nível internacional”, comentou.
“Eu quero dizer que a paz que nós sonhamos ter a nível da nossa vizinhança, da nossa cidade, parece ser um sonho, mas é possível se cada um fizer a sua parte, conhecer o seu parceiro na sã convivência, respeitar as diferenças, vivermos em plena harmonia”, enfatizou.
Por seu lado, destacando a relevância do tema, Arminda Lopes apontou a necessidade de se observar essa diversidade cultural, particularmente no Sal, uma ilha turística, cosmopolita, que acolhe mais de 40 nacionalidades.
“Nós devemos trabalhar para acolher bem os imigrantes que decidiram viver na ilha do Sal, possibilitando-lhes uma boa integração e inclusão social. Nessa diversidade cultural, nós todos estamos a aprender uns com os outros”, sublinhou, acentuando que a diversidade cultural é “importante” para a promoção da paz.
E, em representação da Alta Autoridade para a Imigração, a técnica Nadmira Silva disse que se pretende com essa acção fazer uma reflexão sobre a diversidade cultural e a importância do diálogo intercultural, visando uma mudança positiva e inclusiva face ao desenvolvimento sustentável.
“Também para a coesão e coexistência pacífica com as diferentes culturas que residem em Cabo Verde, já que um país de imigração. Hoje temos imigrantes residentes de mais de 90 nacionalidades, o que torna o país mais rico e diverso”, comentou.
A mesma fonte conclui, sublinhando a importância de se saber reconhecer as diferenças culturais, mas também ter uma “interacção positiva” com outras culturas, independentemente da nacionalidade, origem ou religião, já que a “diversidade enriquece”, conforme campanha de sensibilização lançada em Março deste ano pela Alta Autoridade para a Imigração.
Nadmira Silva explicou que a campanha tem por objectivo combater a discriminação, promover o respeito pela diversidade cultural e dar a conhecer o perfil dos imigrantes que vêm viver em Cabo Verde, bem como valorizar as contribuições que os mesmos dão para o desenvolvimento do país.
O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento é uma oportunidade para promover a cultura e destacar o significado de sua diversidade como agente de inclusão e mudança positiva, e refletir sobre como estas contribuem para o diálogo, a compreensão mútua e os vetores sociais, ambientais e económicos do desenvolvimento sustentável.
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