
Segunda-feira, 6 de Fevereiro, 2023
A Assembleia Nacional aprovou ontem, dia 11, a proposta de resolução que aprova, para adesão, o estatuto da Agência Internacional de Energia Atómica, o que permite a introdução da radioactividade no país com benefícios para o tratamento oncológico.
Com o parecer da quarta Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidades o diploma foi aprovado por unanimidade dos deputados presentes, após a sua apresentação pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional.
Rui Figueiredo Soares frisou que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) apoia governos nacionais no uso de ciência e tecnologia nuclear para melhor diagnosticar e tratar o cancro e ajuda os países na aquisição de equipamentos, treinamentos e profissionais médicos na obtenção de recursos em estreita cooperação com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Considerado que o País “está a inaugurar uma nova etapa no relacionamento com esta agência internacional, com benefícios e obrigações para ambas as partes, Rui Figueiredo declarou que o arquipélago estará a dar um contributo político importantíssimo, no conserto das Nações, à escala mundial, enquanto Estado parte do
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
“No Fórum Científico de 2022, da Agência em Viena os especialistas enfatizaram a necessidade de melhorar as capacidades de medicina de radiação nos países mais pobres para responder à enorme lacuna global no tratamento do cancro nestes países”, referiu o governante.
Soares citou o director-geral da Agência, o argentino Rafael Mariano Grossi para quem, “os países não precisam de outros planos e recursos, mas de unidades de radioterapia, pessoal treinado e soluções concretas, pois estima-se que as mortes por cancro, em todo o mundo, aumentem em 60% (por cento), nas próximas duas décadas, para 16 milhões de pessoas a cada ano, dos quais mais de 70% dessas mortes em países de baixa renda.
Ainda, de acordo com a AIEA, cerca de metade de todos os pacientes com cancro no mundo necessitam de radioterapia como parte do seu tratamento, mas apenas 10% dos pacientes em países de baixa renda têm acesso ao tratamento, sendo a África particularmente afetada por esta lacuna, por falta de radioterapia em mais de 20 países.
Inforpress
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