
Domingo, 3 de Dezembro, 2023
Isaías Barreto fez esta intervenção à margem da assinatura de um Convénio de Qualidade de Serviço Postal Universal entre a ARME e os Correios de Cabo Verde (CCV).
Conforme apontou, o sector postal enfrenta hoje “desafios acrescidos”, sobretudo com a uma diminuição do número de correspondências, nomeadamente das tradicionais cartas a nível mundial e com “impacto gigantesco” dos serviços postais em todo o planeta.
Nesta linha, avançou que a ARME, enquanto reguladora do sector postal em Cabo Verde, está “profundamente comprometida” com a sustentabilidade dos operadores nacionais, assim como a “defesa firme” dos “direitos legítimos” dos consumidores.
“É neste âmbito que assinamos esse convénio de qualidade dos serviços postais, cujo objectivo é garantir uma excelente qualidade dos serviços postais que são prestados no nosso País”, sublinhou.
Segundo o responsável, foram definidos 20 indicadores de qualidade que vão desde do tempo que demora uma correspondência para chegar ao seu destino, até o tempo que os consumidores de serviços postais têm de esperar numa fila para serem atendidos.
Assinalou, por outro lado, a existência de um acordo para “implementar mecanismos rigorosos de monitorização” e de seguimento, para que se possa garantir que esse nível de qualidade possa de facto ser implementado.
“Vamos fazer esse trabalho num espírito de diálogo, de concertação e de criação de sinergias, para que os consumidores possam ter melhor qualidade de serviço”, sustentou.
Por sua vez, o presidente dos CCV, Isidoro Gomes, destacou que o documento assinado entre as duas entidades “é muito valioso”, perspectivando que venha a ser “útil aos consumidores”.
“Uma das tendências do sector postal é precisamente novas exigências dos cidadãos e o os CCV ao avançar com este passo, está de uma certa forma a cumprir com esta tendência”, atestou.
No entanto, afirmou, a materialização deste objectivo “exige várias intervenções” que estão associadas a “grandes reformas” na empresa, indicando um “programa robusto” que a entidade carece, nomeadamente o aumento de recursos humanos, reestruturação orgânica alinhada às boas práticas e investimento na modernização das infra-estruturas.
“A criação também de novos canais, novos sistemas e acima de tudo na criação de um processo mais eficiente e mais rápido de toda a cadeia do serviço postal”, disse.
Contudo, para cumprir com o compromisso, segundo Isidoro Gomes, é preciso estar alinhado ainda a factores externos, que “não dependem dos correios”, ligados ao sistema eficiente de transportes marítimo e aéreo.
“No concernente ao transporte terrestre, no final do ano passado a empresa investiu cerca de 30 mil contos na renovação da sua frota de automóvel, a nível nacional”, informou.
O convénio assinado entre a ARME e a CCV é válido por um período de três anos e define os indicadores de qualidade do serviço postal universal, bem como os respectivos valores mínimos aceitáveis, valores objectivos e a importância relativa de cada indicador de qualidade de serviço.
Inforpress/Fim
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