45 anos da UCID: “Estamos a correr atrás do prejuízo para que o país tenha um equilíbrio de poderes”, diz João Luís

O presidente da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID) disse hoje que passados 45 anos da fundação do UCID, o partido poderia estar mais avançado, mas estão a “correr atrás do prejuízo” para “equilibrar os poderes no País”.

Esta posição do líder da UCID (oposição), João Luís, foi manifestada a propósito dos 45 anos da criação do partido, cujas atividades comemorativas decorrem até 31 de Dezembro.

“Este ano de 2023 estamos a comemorar os 45 anos do partido. Poderíamos estar muito mais avançados, mas, o trabalho que tem vindo a ser feito pelas sucessivas direcções é meritório. Estamos a continuar e a introduzir correções e melhorias lá onde for necessário para que o partido continue a funcionar, a nível nacional, e a ser uma esperança do povo cabo-verdiano para que o País possa se desenvolver ainda mais”, afirmou.

Segundo o político, apesar de ser o partido mais antigo de Cabo Verde – foi fundado a 13 de Maio de 1978 por cabo-verdianos residentes na Holanda –  e de ter perdido o comboio nas primeiras eleições multipartidárias no

País em 1991, porque não tinha sido legalizada, a UCID tem evoluído na medida do possível com o objetivo de ser um partido que vai contribuir para que o país tenha um equilíbrio de poderes.

“A UCID deixou de ser um partido que trabalhava dois ou três meses antes da eleição e passou a ser um partido organizado. Já tem sedes regionais em Porto Novo, no Sal, em Santiago Norte e Sul, no   Fogo, no Sal e em São Vicente. E estamos a trabalhar para as próximas eleições, que serão entre Setembro e Outubro de 2024”, defendeu João Luís, para quem a ideia de ver a UCID como “um partido regional foi basicamente criada pelos adversários políticos para desmoralizar as pessoas de apostarem no partido”.

Conforme João Luís, o que tem “falhado para o avanço da UCID é que, em Cabo Verde, os dois partidos (Movimento para a Democracia e Partido Africano da Independência de Cabo Verde) ludibriam as pessoas, principalmente as camadas mais vulneráveis economicamente que engloba a maior parte da população, com atribuição de brindes como se esses presentes as servissem durante os quatro anos de governação”.

No entanto, segundo o líder dos democratas-cristãos, a ambição da UCID é equilibrar o poder, porque a situação social do País, neste momento, não é muito boa.

Para João Luís, “há problemas em quase todos sectores de actividade” já que “o Governo e o ministro do Fomento Empresarial têm apostado apenas em fazer anúncios” e o próprio executivo tem sido “incompetente” na resolução desses problemas.

“As maiorias absolutas só têm atrasado o desenvolvimento do País. As pessoas devem fazer a sua parte, a UCID coloca todo o seu empenho, fazemos intervenções que as pessoas gostam no parlamento, e pedimo-las que deem oportunidade à UCID, para que os outros partidos vejam que a UCID tem a capacidade de fazer melhor do que eles”, sustentou o presidente da UCID realçando que em termos económicos Cabo Verde poderia estar mais desenvolvido porque  há potencialidades em todos os sectores da economia e que o Governo poderia fazer muito mais e ser mais eficiente nas áreas de segurança, saúde, educação e justiça.

Inforpress

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