CPR do PAICV alerta para necessidade de medidas para transporte e transferência de doentes da Brava

A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV alertou hoje para a necessidade de serem tomadas medidas em relação ao transporte para a Brava, com enfoque na transferência de doentes da ilha para o hospital do Fogo.

Este alerta foi feito em Comunicado de Imprensa, após mais uma transferência de uma grávida da delegacia de Saúde da Brava para o Hospital São Francisco de Assis, no Fogo, feita na embarcação Rabo de Junco, na noite desta quinta-feira.

Conforme a mesma fonte, as ligações marítimas entre as ilhas, ou a falta delas, estão na boca do mundo, por esses dias, após o cancelamento da visita do Presidente da República à ilha Brava.

Embora se tenha justificado que “o problema não surgiu aqui, a impossibilidade de o Presidente da República visitar a ilha Brava e a estranha forma como tudo aconteceu, espelha a crise que o País vive a nível dos transportes, sendo a Brava uma das ilhas mais martirizadas”.

Sobre a questão da transferência dos doentes, a Comissão Política Regional, que tem como presidente, Carlos Costa, recordou que em tempos da companhia da Cabo Verde Fast Ferry, por várias vezes o Navio Kriola salvou várias vidas, pois já era uma certeza de que o navio “pertencia à Brava” e dava aos bravenses uma “maior segurança” em todos os sectores, desde o planeamento das viagens.

Realçou que, neste momento, a tentativa do Governo em “estancar a hemorragia” com mais este episódio do cancelamento de viagens Fogo-Brava, a CVInterilhas anunciou pernoitas de navios na Brava, mas que em contrapartida trará constrangimentos aos passageiros que desejam fazer o percurso Fogo – Praia que terão obrigatoriamente de fazer escala na Brava e dormir uma noite na ilha para poderem prosseguir com a viagem no outro dia.

Ainda, no quadro das viagens inter-ilhas, o comunicado faz menção à questão das viagens aéreas, classificando-as de “descompassadas”, mostrando “a necessidade e ânsia do povo das ilhas que se sente cada vez mais sufocado e isolado entre si e do resto do mundo”.

Diante deste cenário, a CPR terminou o seu comunicado mostrando a sua solidariedade para com o povo cabo-verdiano, encorajando os empresários e a população bravense e os cabo-verdianos, em geral, a fazer ouvir a sua voz de descontentamento para poder reverter esta situação.

Inforpress

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