
Sábado, 2 de Dezembro, 2023
O Governo vai investir mais de 300 milhões de dólares no projeto de transição energética na ilha do Fogo, que estará funcional a partir do segundo semestre de 2024, disse hoje o deputado Filipe Santos.
O deputado e presidente da Comissão Política Regional do Movimento para a Democracia (MpD-situação), que falava em conferência de imprensa para abordar a situação crítica que afetou a ilha, avançou que o projeto irá assegurar a produção de energia limpa e garantir a sustentabilidade da Electra.
“Já é do conhecimento de todos que o Governo lançou um concurso público internacional para a transição energética da ilha do Fogo. Sete empresas internacionais foram pré-selecionadas e já realizaram uma visita técnica à ilha”, disse Filipe Santos, sublinhando que há uma solução para breve.
Segundo o mesmo, o parque de energia projctado que situará entre os municípios de Santa Catarina do Fogo e São Filipe terá, segundo o mesmo, uma vida útil de 30 anos e proporcionará milhões em poupança à Electra.
Acrescentou ainda que o parque terá uma capacidade de 1,4 megawatts de energia que será “suficiente” para atender à necessidade durante um período de, pelo menos, 30 anos e com impacto “significativo” para a população e garantindo energia necessária para o crescimento e desenvolvimento sustentável.
O deputado e presidente da Comissão Política Regional do MpD expressou total solidariedade para com a população que enfrentou inúmeras adversidades durante “cinco longos dias” sem energia e sofreu consideráveis perdas financeiras com produtos congelados e viu seus negócios locais ameaçados.
“É crucial destacar a coragem da equipa da Electra, que enfrentou um desafio gigantesco ao restaurar a eletricidade em tempo recorde. Conseguiram fazê-lo apesar de ter herdado um projeto de eletricidade falido do PAICV para esta ilha durante seus longos 41 anos, com modelo de gestão completamente desatualizado que absorve recursos governamentais de forma inaceitável e que tira sono aos técnicos”, disse Filipe Santos.
Para o deputado e presidente da Comissão Política Regional do MpD é inaceitável que os presidentes das câmaras de São Filipe e Mosteiros, em vez de colaborar de forma construtiva com a equipa da Electra e com o Governo para resolver o problema, optaram de “forma irresponsável e vergonhosa” usar esta situação a favor dos seus interesses político-partidários.
“Em vez de procurarem soluções, escolheram eximir-se de qualquer responsabilidade, ficando em cima do muro, culpando o Governo, para esconder os seus fracos desempenhos à frente das câmaras municipais com o propósito de desviar atenção dos munícipes”, afirmou Filipe Santos, para quem em tempo de escuridão como o vivido pela população, esperava-se a união, solidariedade e acções concretas para resolver os problemas.
Questionado sobre a possibilidade de eventual reparação dos prejuízos acumulados pelos operadores económicos e as famílias em consequência do problema de interrupção no fornecimento de energia elétrica, Filipe Santos admitiu que dentro do quadro legal e constitucional devem ser ressarcidos e/ou compensados.
Quanto à questão relacionada com a não conclusão da manutenção do outro grupo de gerador que devia acontecer de 02 a 25 de Outubro, o deputado e presidente da Comissão Política Regional do MpD disse que não tem nada a ver com falta de pagamento dos técnicos ou da aquisição das peças como veiculam na ilha, sublinhando que está relacionado com logística.
Inforpress
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