
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
A ministra da Justiça avançou hoje que o seu ministério e a Câmara de Comércio do Sotavento pretendem desenvolver um projeto que visa trabalhar com empresas do País a envolvência da parte social nos seus planos de atividades.
Joana Rosa falava à margem da apresentação do projeto “Vozes falam por detrás das grades” que visa incluir os reclusos, homens e mulheres privados da liberdade por razões várias, nas atividades artístico literárias, dando aos mesmos a oportunidade de expressarem através da escrita os seus pensamentos, sentimentos, emoções e vivências.
Uma forma, sintetizou, de dar à sociedade a oportunidade de conhecer as vidas por detrás das grades.
Segundo Joana Rosa, esta iniciativa surgiu durante uma visita que efetuou recentemente à Câmara de Comércio do Sotavento para discutir o desenvolvimento deste projeto.
A ideia, continuou, é organizar uma mesa redonda de uma semana, no sentido de trabalharmos as empresas da Cidade da Praia, São Vicente, Sal e em todas as ilhas que têm estabelecimentos prisionais, para que as mesmas levem também em conta a parte social nos seus planos de atividades.
Com isto, a governante sublinhou que estas empresas teriam que receber reclusos para estágios e o ex-recluso para o emprego, para se sentirem integrados e assim puderem contribuir e ter “uma vida diferente e não a vida de criminalidade”.
Joana Rosa sublinhou que para que haja uma cooperação e solidariedade das instituições, sociedade civil e pessoas individuais, só é possível com um trabalho de reinserção social “verdadeiramente focado” nos reclusos, “virado para humanização das cadeias e respeito para os direitos humanos”.
Além disso, a mesma fonte sustentou que, se cada pessoa, igreja, associação e sociedade civil cooperarem para reinserção social desses reclusos tal vai contribuir para se evitar estigmas e conseguir algum emprego.
A ministra da Justiça avançou ainda que o ministério que tutela tem estado a trabalhar no novo sistema da informação prisional, no sentido de dar resposta a “melhor gestão” dos estabelecimentos prisionais, para se conhecer mais a fundo o perfil de cada recluso, por exemplo, quem entrou, porquê entrou e que crime cometeu e só depois fazer o acompanhamento, com diversos especialistas, de acordo com o crime cometido.
Inforpress
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