
Quinta-feira, 30 de Março, 2023
O Governo de Cabo Verde lançou esta sexta-feira, 17, na cidade da Praia, o programa de Ação Climática orçado em 1,1 milhões de contos, para ajudar o arquipélago na luta contra os efeitos das ações climáticas.
Em declaração à imprensa, o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, assegurou que este programa vai ajudar o País na implementação de dois instrumentos importantes, designadamente, o Plano Nacional de Adaptação, que estabelece uma governança climática consolidada que resulte num país mais resistente ao clima e com baixas emissões de gases com efeito de estufa.
Gilberto Silva sublinhou que não é só necessário ter esses dois instrumentos, como também é essencial ter capacidade, a nível nacional, de implementar o que está definido nesses documentos para ajudar Cabo Verde a alinhar com o resto do mundo nesta matéria.
“Estamos numa fase incipiente em matéria de governança climática e precisamos de criar leis e instrumentos institucionais e harmonizar as ações de cada uma das instituições, tanto a nível da administração central, local, do sector privado e das organizações e sociedade civil”, frisou.
Com isso, sustentou a mesma fonte, é necessário ter marcadores de clima que abranjam o orçamento de Estado, e que é preciso ainda trabalhar os dados e as informações necessárias, para se ter um quadro transparente em matéria de governança e ação climática.
Por outro lado, o ministro da Agricultura e Ambiente avançou ainda que vão introduzir as ações climáticas muito concretas, com programas-piloto, a nível de todos os municípios, sobretudo, no que tange a ações para adaptação das catástrofes naturais.
A mesma fonte adiantou também que vão realizar muitas atividades de formação, desde a questão da negociação e formação de todas as instituições e dos media, para que tenham a capacidade de analisar, discutir e de negociar as questões relacionadas com o clima.
Para este governante, o País, depois da implementação deste programa, não vai ficar igual, porque, segundo justificou, os cabo-verdianos vão ter maior literacia climática.
“Gostaria que no fim sejamos comparáveis com os países desenvolvidos e, acima de tudo, que tenhamos todas as nossas ações para a governança climática e a mitigação e adaptação de uma forma bem organizadas, eficazes e eficientes, dentro do contexto global”, desejou o ministro.
Ainda de acordo com Gilberto Silva, esses instrumentos são ferramentas em que todos os países que fazem parte da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas utilizam.
Por seu turno, o Encarregado de Negócios da Embaixada do Grão-Ducado do Luxemburgo, Thomas BARBANCEY, garantiu que o seu país vai continuar a ajudar Cabo Verde a implementar a sua política, no que tange às ações climáticas, para a assunção do seu compromisso nacional e internacional.
“Vamos apoiar a criação do mecanismo de governança eficaz, transversal, transparente e eficiente. Mas também vamos apoiar as ações mais concretas nas comunidades, para reforçar a resiliência do País pelas consequências negativas das mudanças climáticas como a seca, as chuvas torrenciais e perda da biodiversidade”, avançou o Thomas BARBANCEY.
O programa tem como específico estabelecer um sistema de governança climática centrado em processos inclusivos, na coerência institucional e na excelência científica, ajudando assim o País a cumprir os seus compromissos internacionais em matéria de clima, tal como definidos no Acordo de Paris de 2015 (assinado por Cabo Verde em 2016).
Já o objetivo global do programa é de apoiar Cabo Verde, até 2025, na implementação da sua nova política climática.
Inforpress
Site agregador de notícias e conteúdos próprios e de parceiros, com enfoque em Cabo Verde e na Diáspora, que quer contribuir para uma maior proximidade entre os cabo-verdianos.
+238 357 69 35
geral@balai.cv / comercial@balai.cv / editorial@balai.cv