
Domingo, 28 de Maio, 2023
A ministra da Justiça, Joana Rosa, enalteceu hoje o “inegável crescimento” da Polícia Judiciária do país, que celebra 30 anos, e instou a instituição a estar “permanentemente vigilante e ativa” perante as novas formas de criminalidade.
“Estamos cientes de que, face à realidade criminal hoje em Cabo Verde, a instituição não pode acomodar-se diante dos resultados conseguidos, mas sim estar permanentemente vigilante e ativa no cumprimento da missão que lhe foi confiada, na prevenção e investigação da criminalidade mais grave, altamente complexa, violenta e organizada”, afirmou Joana Rosa, na abertura do ato solene de comemoração do 30.º aniversário da Polícia Judiciária (PJ).
Segundo a governante, a criminalidade sob alçada da PJ cabo-verdiana, devido ao seu ‘modus operandi’, nível de sofisticação e elevado prejuízo à sociedade em geral, impõe “enormes desafios” aos órgãos da polícia criminal encarregues da sua prevenção, detenção e investigação.
Devido à posição geográfica em que Cabo Verde se insere e à forte ligação com múltiplos espaços internacionais, a ministra chamou a atenção para os desafios das novas formas de criminalidade, entre as quais a cibercriminalidade.
“É decisivo continuar a aposta na prevenção e investigação da cibercriminalidade, no tráfico de estupefacientes, de armas, de pessoas e de facilitação à imigração ilegal, bem como do financiamento ao terrorismo, que constituem sérias ameaças à subsistência do Estado de direito democrático e aos direitos e liberdade de garantias dos cidadãos”, apontou.
Pedindo a diminuição dos números de crimes de roubo, furto e dano no país, a ministra insistiu que têm surgido novas formas de crimes, entendendo que os mecanismos de prevenção, detenção e investigação criminal precisam de ser “cada vez mais aprimorados”.
“A prevenção e o combate à criminalidade organizada nacional e transnacional, sobretudo a decorrente do tráfico de drogas, da lavagem de capitais, do cibercrime, entre outros, requer uma Polícia Judiciária cada vez mais forte, moderna e interventiva”, desafiou.
Na sua intervenção, a governante pediu ainda uma “melhor coordenação” entre os diferentes órgãos de investigação criminal e considerou que a cooperação internacional é “decisiva” para o combate à criminalidade, sobretudo às novas formas de crimes.
A diretora nacional da PJ, Ivanilda Mascarenhas, alertou também para o “nível de sofisticação” da criminalidade, entendendo que requer cada vez mais uma política científica “pró-ativa”, mas com recursos necessários e efetivos formados para “focar” na prevenção.
“A localização geoestratégica de Cabo Verde no Atlântico médio demonstra, pelas importantes apreensões, que deve ser uma aposta da comunidade internacional como a linha de frente deste combate. Toda a parceria e apoio serão bem-vindos, os recursos são escassos e limitados, só com mais investimentos e uma forte parceria poderá fortalecer ainda mais a nossa instituição”, solicitou.
A responsável disse que a PJ é atualmente uma “instituição sólida” e com “ganhos notáveis”, mas salientou ser importante refletir sobre o seu percurso, os avanços e recuos, e, sobretudo, sobre os desafios dos crimes emergentes, aliados a diversos tipos de crises mundiais.
“O que impõe a implementação de mais políticas e medidas inovadoras e eficazes para fazer face aos complexos desafios às autoridades cabo-verdianas”, advogou Ivanilda Mascarenhas, esperando contar com apoio e colaboração de outras polícias e da cooperação internacional.
A PJ de Cabo Verde foi criada em 12 de maio de 1993, como órgão auxiliar da justiça, de prevenção, deteção e combate à criminalidade.
Lusa
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