
Segunda-feira, 6 de Fevereiro, 2023
O ministro de Estado, Fernando Elísio Freire, prometeu hoje que o Governo tudo fará para que as histórias sobre luta de libertação nacional sejam “apoiadas, bem contadas e conhecidas” pelas próximas gerações.
O governante fez esta promessa quando presidia à cerimónia de abertura da apresentação oficial do Projeto HLL-PALOP, durante a segunda reunião metodológica das comissões de trabalho para a elaboração da história da luta de libertação dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), realizada pela Fundação Amílcar Cabral, hoje, na Cidade da Praia.
O ministro enalteceu o projeto por se tratar de parte da história de Cabo Verde, dos PALOP, da África e do mundo, realçando que a história deve ser total, contada tal como ela aconteceu, que os factos devem ser narrados e os protagonistas exaltados de forma na divulgação da história de libertação dos PALOP.
“Neste quadro, tendo em conta a importância da elaboração dessa história, tendo em conta o papel de vários cabo-verdianos que tiveram nessa história, o Governo de Cabo Verde disponibiliza-se para estar ao lado da organização para a elaboração dessa história, através das nossas instituições, dos nossos técnicos, vocacionados para a matéria, principalmente o Arquivo Histórico Nacional e o Instituto de Patrimônio Cultural”, afiançou.
O Governo, prosseguiu, quer ser parceiro efetivo pois, sublinhou, um país só terá futuro se conhecer bem a sua história, e que, mais do que conhecer a sua história, tem que ter a capacidade de a contar bem às gerações futuras.
Por isso, reiterou, o Governo irá retomar nos próximos tempos o projecto da História Geral de Cabo Verde com o seu volume 4, cuja cronologia abarcará parte da história colonial nos finais dos séc. XVIII até a segunda metade do séc. XX.
Fernando Elísio Freire salientou ainda que o executivo está determinado em fazer do Campo de Concentração do Tarrafal património da humanidade, pois, lembrou, é um património comum de todos os povos de língua portuguesa, principalmente os países africanos que falam português.
Levando ainda em consideração que a história de libertação nacional tem que ser muito bem contada, acrescentou, o Governo, no quadro do Plano de Estratégico Desenvolvimento Sustentável está a preparar um plano sectorial para a investigação científica onde as ciências humanas e sociais terão um papel relevante.
“É neste quadro que a investigação ganha principalmente a nível das universidades um grande peso, mas também as organizações, a sociedade civil, tem a sua importância e devem ser acarinhadas quando fazem investigações sérias, que levam efetivamente a conhecer a nossa história, pois, esta iniciativa deve ser louvada e apoiada para que a nossa história possa ser bem contada”, asseverou.
O ministro disse, por outro lado, que a história colonial dos países africanos de língua portuguesa deve ter sempre um cunho de inclusão, integração e da afirmação das nações africanas dentro de uma perspetiva geopolítica de crescente incerteza.
“O Governo tudo fará para que as investigações nos levem a conhecer verdadeiramente as nossas histórias sejam apoiadas e a luta de libertação nacional é uma dessas lutas. O Governo enaltece o facto de os cabo-verdianos serem figuras protagonistas dessa história e que a coordenação deste projeto possa com a sapiência e neutralidade e o respeito pela história dar o devido valor a cada um e contar efetivamente a nossa historia”, concluiu.
Inforpress
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