
Terça-feira, 30 de Maio, 2023
O ministro da Educação reuniu-se com o delegado da Educação e a Câmara Municipal da Brava, num diálogo sobre o sistema e funcionamento letivo na ilha e intervenções futuras em alguns edifícios educativos.
Em declarações à imprensa, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, que se encontra na Brava desde sexta-feira, 24, realçou que se trata de uma visita rotineira para se inteirar do funcionamento do sector educativo na Brava, onde se reuniu com a câmara municipal e o delegado cessante, para tratar das questões ligadas à manutenção de infraestruturas, reabilitação das escolas, mas também as questões de ação social e de transporte escolar.
Segundo este governante, perspetivaram algumas intervenções futuras, designadamente a continuidade das obras na Escola Básica de Nossa Senhora do Monte, mas também intervenções na Escola Senna Barcelos, em Nova Sintra.
Igualmente, informou que falaram sobre a nomeação de um novo delegado para assumir as rédeas da educação na Brava, com a aposentação do delegado cessante.
Questionado sobre a situação de alguns casos de violência que têm vindo a decorrer em algumas escolas, o ministro realçou que é uma ou outra situação, numa ou outra escola, mas que são fenómenos que ocorrem em qualquer parte do mundo.
Entretanto, defende que “não se pode naturalizar estas situações e não se pode culpabilizar pais ou professores”, reforçando que esses casos dependem das dinâmicas.
“Valorizamos a participação dos pais na gestão das escolas, no acompanhamento dos alunos e penso que os pais devem continuar a fazer o acompanhamento”, disse o governante, reforçando que também o sistema valoriza e defende que os professores têm a autoridade suficiente em matéria de avaliação, aplicação, correção das provas e da atribuição de notas.
Neste quesito, evidenciou que os dirigentes do Ministério da Educação (ME) não podem interferir naquilo que é a autonomia e autoridade máxima do professor em sala de aula e preservam essa autoridade.
Amadeu Cruz afirmou ainda que o ME trabalha sempre em diálogo na procurar um entendimento com os alunos, indicando a necessidade de se criar condições para que o aluno tenha um ensino de qualidade, mas também mantêm sempre um diálogo com os pais e com as autoridades, no sentido de criarem um ambiente cada vez mais sadio à volta das escolas.
Neste quadro, referindo-se ao ocorrido recentemente na Escola Secundária Pedro Gomes, na cidade da Praia, entre um professor e uma encarregada de educação, o ministro enfatizou que o ME “não ignora” o ocorrido, embora, ressaltou, o ministério não tenha recebido uma comunicação direta ou uma denúncia feita pelo professor.
Mas, tomando conhecimento do caso através da Comunicação Social e das redes sociais, Amadeu Oliveira esclareceu que o ME fez o que deve fazer, ou seja, abriu um processo para conhecer melhor os factos e em função disso determinar as medidas que devem ser determinadas, aguardando então os resultados.
Por outro lado, sublinhou que se há uma tentativa de agressão por uma mãe, ambos são adultos e se tiver acontecido fora do recinto escolar o professor tem legitimidade como cidadão de apresentar queixas às autoridades, e a encarregada de educação possui a legitimidade de se defender.
Continuando, reforçou que “o ME respeita a autoridade do professor que é a autoridade máxima em processos de avaliação”, enaltecendo que nem os dirigentes do ME e muito menos os pais têm como interferir nesses processos.
Contudo, diz também que o ME valoriza o empenho dos pais ao tentar acompanhar o desenvolvimento dos filhos e neste contexto têm de agir com o objetivo maior que é de proteger as crianças, adolescentes e jovens que frequentam as escolas.
Para finalizar, realçou que é preciso passar uma mensagem clara de que “as escolas são seguras, estão seguras e continuarão a ser seguras, e se calhar no contexto nacional são os lugares mais seguros para as crianças e adolescentes”.
Inforpress
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