Ministro da Educação: Ano escolar 2023/2024 arranca a 1 de setembro. Aulas começam no dia 18

O governante fez o anúncio durante a cerimónia de abertura, em Pedra Badejo, Santa Cruz, do Conselho Alargado de Educação que reúne durante todo o dia dirigentes dos serviços centrais e delegados dos 22 concelhos do país, bem como de parceiros do Ministério da Educação.

“O ano escolar arranca a 01 de Setembro e as aulas têm início no dia 18 de Setembro de 2023, numa segunda-feira, e a cerimónia de abertura será em Santo Antão, na cidade da Ribeira Grande”, anunciou, tendo assegurado que o ato vai ser presidido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

Relativamente ao Conselho Alargado com todos os dirigentes dos serviços centrais e desconcentrados, que decorre, na ótica da descentralização, em Santa Cruz, o ministro informou que o mesmo servirá para fazer avaliação do ano letivo 2022/23, que se encontra na fase final e para fazer projeções para o próximo ano letivo 2023/2024.

“As linhas orientadoras do próximo ano é continuação das reformas do ensino secundário, é a avaliação da reforma curricular do ensino básico e introdução de melhorias lá onde seja necessário, é introdução de manual de 9º ano e, possivelmente, do 10º ano, novos programas a partir do 11º ano e de seguida 12º ano e reestruturação do ensino técnico”, adiantou.

No entanto, notou ainda que no próximo ano o Ministério da Educação vai lançar um olhar especial ao ensino pré-escolar, não obstante, o mesmo não estar sob a tutela exclusiva da pasta que dirige.

“Estamos a querer liderar um processo transformacional do ensino pré-escolar na óptica da preparação das crianças para a transição para o ensino básico obrigatório, e por isso temos que trabalhar com as câmaras municipais as infraestruturas, em primeiro lugar, mas também para melhorar as condições de trabalho das educadoras de infância, melhorar as condições de remuneração (…)”, lançou.

Este trabalho conjunto com as autarquias, segundo Amadeu Cruz, visa qualificar e valorizar a ação educativa no pré-escolar.

“O pré-escolar é prioridade da candidatura que iremos apresentar brevemente para a parceria global para educação, e esperamos mobilizar recursos para melhorar gestão pedagógica e termos recursos didáticos e pedagógicos para o ensino pré-escolar além também das infraestruturas”, comprometeu-se.

Na ocasião, apontou ganhos a nível da qualidade do ensino e dos investimentos feitos na reabilitação das infraestruturas escolares a nível nacional, e que vão continuar no próximo ano letivo.

“A nível do pré-escolar temos uma taxa de acesso de 84 por cento (%), no ensino básico obrigatório a taxa do abandono escolar baixou para 0,8%, temos uma taxa líquida da escolarização à volta dos 99%, no ensino secundário temos uma taxa líquida próxima dos 70%”, congratulou-se o governante.

Por outro lado, anunciou que o Ministério da Educação vai actuar em matéria da qualificação dos professores, aprovar brevemente um pacote legislativo sobre o sistema da formação dos professores e a melhorar o sistema da avaliação das aprendizagens.

Em relação ao sistema da avaliação das aprendizagens, reiterou que não há passagens automáticas no sistema educativo cabo-verdiano, e que o mesmo é uma tarefa das escolas, em particular dos professores titulares ou dos conselhos das turmas, e que não há intervenção dos dirigentes do ministério.

Por fim, comprometeu-se em continuar a continuar a trabalhar para que os professores possam desempenhar as suas funções com qualidade e para que possam ser valorizados pela sociedade cabo-verdiana, e, ao mesmo tempo, trabalhar para resolver as pendências que ainda prevalecem e dar continuidade ao processo de promoções e reclassificações.

Paralelamente ao evento, o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Santa Cruz assinaram um protocolo de cedência do terreno para construção de um novo liceu em Achada Fátima e um contrato-programa para reconstrução de quatro salas de aula na Escola Básica de Salina.

Inforpress