
Sábado, 1 de Abril, 2023
O navio Guardião, o maior da Guarda Costeira cabo-verdiana, inoperacional “há mais de dois anos”, pode voltar a sulcar os mares no primeiro-trimestre de 2023, anunciou hoje o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA).
Contra-almirante António Duarte Monteiro falava à imprensa no decurso da retoma, pela sede da Guarda Costeira, em São Pedro, São Vicente, na manhã de hoje, do ciclo de visitas que iniciou no dia 23 de Novembro, na ilha de Santiago, aos comandos e a todas as estruturas das Forças Armadas (FA) no arquipélago.
“A boa nova é que o maior navio da Guarda Costeira vai ficar operacional no decurso do primeiro trimestre de 2023, estamos muito positivos e com os sinais que recebemos tudo aponta para que este meio fique operacional naquela data, pois vamos ter apoios de países amigos na recuperação do Guardião”, confirmou o chefe do Estado-Maior das FA.
Da mesma forma, o contra-almirante regozijou-se com o anúncio feito pela ministra da Defesa, recentemente, segundo o qual o processo para a aquisição de um meio aéreo para a Esquadrilha Aérea, que “não dispõe de nenhum meio há já algum tempo”, encontra-se “bastante avançado”.
“Estou esperançado que até o final de 2023 a Guarda Costeira terá o seu meio aéreo para também dar mais esta valência às FA e poder fazer uma fiscalização de forma mais ampla”, concretizou, lembrando que a descontinuidade territorial aliada à vasta área marítima sobre a qual Cabo Verde exerce sobre a sua soberania colocam ao País por si só “grandes desafios”.
Enquanto chefe do Estado-Maior das FA, continuou contra-almirante António Duarte Monteiro, a questão que coloca é como e o que fazer para defender os interesses nacionais e a defesa do País, e com que meios executar essa tarefa.
“Temos os homens que servem nas FA, temos que preocupar com os meios e depois a doutrina, os três pilares”, sustentou a mesma fonte, lembrando que a Guarda Costeira, sediada em São Vicente, terá que ter os meios, “hoje debilitados”, para projetar as FA em todas as ilhas, sobretudo naquelas que não têm militares estacionados [Santo Antão, São Nicolau, Boa Vista, Maio e Fogo].
Daí, finalizou, a variedade de desafios das quais há que estabelecer “prioridades entre prioridades”, uma das quais, sustentou, é colocar “no centro das atenções” o homem que serve nas Forças Armadas, pelo que há que dispensar atenção na melhoria das condições de vida nos quartéis, pois temos condições que não são as mais desejáveis, sobretudo as observadas em alguns quartéis da ilha de Santiago.
Para além do comando da Guarda Costeira, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas visitou ainda, na manhã de hoje, o Centro de Controlo de Tráfego Marítimo e Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento.
À tarde centra a visita à Esquadrilha Naval, com visita às instalações e deslocação ao Porto Grande para se inteirar do estado dos meios navais das Forças Armadas.
A Região Militar da ilha do Sal vai receber a visita do contra-almirante António Duarte Monteiro a partir de segunda-feira, 12.
Inforpress
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