PM: “Se há país que deve colocar como centralidade a questão do oceano é Cabo Verde”

O primeiro-ministro realçou esta segunda-feira, 13, no Mindelo, que se houver país que deve colocar como centralidade a questão do oceano, esse país é Cabo Verde, por ser do mar que vêm os recursos e as potencialidades.

Ulisses Correia e Silva mostrou esse posicionamento ao presidir à 6ª edição da Cabo Verde Ocean Week (Semana dos Oceanos de Cabo Verde), no Centro Oceanográfico do Mindelo.

“Se há país, que deve colocar como centralidade a questão do oceano, é Cabo Verde”, exortou, enaltecendo o facto do arquipélago ser 99% mar e ser deste que podem vir os recursos, potencialidades, sob uma gestão sustentável.

O chefe do Governo defendeu ainda a ideia de que se o país trabalhar em várias frentes, construir um sistema de financiamento climático e ambiental, como tem estado a desenvolver, e se se criar condições para que as sociedades se apropriem da ação climática, será possível “colocar Cabo Verde num lugar melhor”.

Por seu lado, o ministro do Mar, Abraão Vicente, incidiu a sua intervenção sobre a necessidade de se voltar para o mar, com mais conhecimento, mais investigação e investimento.

Acredita ser preciso encontrar respostas para reverter os dados das Nações Unidas de que em 2050 haverá mais lixo do que peixes no mar, uma responsabilidade, sustentou, não só do Governo, mas, de todos.

“A Ocean Week não é apenas um ciclo de conferências, é também um ciclo de aprendizagem contínua, onde nós como governantes, como dirigentes das instituições, como presidentes das câmaras municipais, teremos de ter essa narrativa e municipalizar”, considerou Abraão Vicente, admitindo a vontade de ver iniciativas como a Ocean Week em todos os municípios para maior conscientização.

Também presente no evento, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, disse ser, seguramente, o mar um dos maiores recursos naturais de Cabo Verde e com certeza de potencial económico.

“A valorização da importância estratégica do mar deve ser caracterizada através de uma gestão sustentadas na zonas marítimas, com o propósito de tirar o pleno partido das suas potencialidades económicas, sociais e culturais, devendo esta acção pautar-se por uma política abrangente, integrada e de longo prazo”, sublinhou.

Para o autarca, o repto de gerir o mar tendo em vista a sua preservação e utilização sustentável “deve ter alcance e resultados proporcionais à grande dimensão marítima de Cabo Verde”.

As atividades da Cabo Verde Ocean Week prosseguem até sexta-feira, 10, com conferências, `blue talks´, feira azul, apresentação de projetos, entre outras.

Inforpress

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest