
Segunda-feira, 5 de Junho, 2023
O presidente da Assembleia Nacional (AN) enalteceu esta sexta-feira “o 13 de Janeiro, marca da viragem fundamental na história de Cabo Verde, na sua longa luta pela liberdade”, mas clamou para o “contraditório e tolerância necessária, sem extremismo e radicalismo”.
No seu discurso na sessão solene que assinala o 32º aniversário das primeiras eleições pluralistas em Cabo Verde, Austelino Correia exortou a todos para a necessidade da construção de espaços de entendimentos e consensos, em defesa das instituições democráticas e da normalização do Estado.
Lembrou que o parlamento é o espaço privilegiado para a construção dos entendimentos e dos consensos de que o país precisa, salientando, contudo, que se tem cumprido na maioria dos casos, pese embora persistirem situações que deverão, no imediato, merecer a atenção prioritária dos sujeitos parlamentares.
“É fundamental lembrar que a cultura da tolerância, da aceitação da diferença e do entendimento estratégico quanto ao futuro do país é fundamental para a construção da dignidade das nossas gentes e o fortalecimento da nossa democracia. Este facto deve ser sempre lembrado a 13 de Janeiro e (…) deve marcar presença na nossa atuação política, social e institucional diária”, enfatizou.
Austelino Correia vincou que com o advento do 13 de Janeiro, o povo cabo-verdiano afirmou “a liberdade como valor supremo da vida, “num país onde a democracia é madura e pujante, sendo aclamada como um exemplo a nível internacional e onde as instituições funcionam e dentro dos limites das suas capacidades e recursos”.
“Foram 32 anos de progressos crescentes e de melhoria continuada das condições de vida e de dignidade da nossa população. Vale a pena, pois, celebrar de forma solene o 13 de Janeiro”, decifrou, sublinhando, por outro lado, que assim como a escala internacional a democracia precisa de uma nova análise global, em Cabo Verde precisa-se de cuidar dela.
Neste dia da liberdade e democracia, Austelino Correia chamou atenção para algumas ameaças evidentes, designadamente “os efeitos conjugados do aumento da pobreza e do desemprego, a emergência de um discurso radical e intolerante face às dificuldades presentes, um evidente aumento de comportamentos demagógicos e populistas”.
Atitudes que para Austelino Correia carecem de serem contrapostas, quando a seu ver, “a luta contra a pobreza deve continuar a ser uma prioridade”, tendo aproveitado o momento para “assinalar e encorajar e assinalar as medidas que têm sido adotadas pelo Governo, nesta direção”.
Inforpress
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