
Sábado, 4 de Fevereiro, 2023
A presidente da Assembleia Municipal de São Vicente chamou atenção durante a sessão solene do dia do município para a “necessidade urgente” do órgão ter um “lugar digno” para seu funcionamento e realizar as suas funções.
Dora Pires, que discursava este domingo, 22, durante o ato solene realizado mais uma vez no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no Mindelo, pediu um “lugar digno” para o funcionamento da assembleia municipal, algo pelo qual está aguardando “há muitos anos”.
“A instalação onde nós estamos, infelizmente, com as últimas chuvas, a assembleia municipal esteve a boiar, literalmente”, explicou a mesma fonte, para quem o órgão legislativo da ilha “precisa urgentemente” de ter instalações próprias para as sessões e augurou, “quiçá no próximo ano” ser tal objetivo possível e permitir ter uma “verdadeira sessão solene” organizada pela assembleia.
Dora Pires assegurou ser esse um desejo de todos os partidos que a constituem, isto quando, asseverou, a ilha “deve estar no centro das atenções de todos”.
Por outro lado, conforme a mesma fonte, neste momento deve-se fazer uma reflexão sobre aspectos como a perda de população na ilha, investimentos na indústria, a política habitacional e a “fragilidade do tecido empresarial local”.
A presidente da Mesa da assembleia municipal relembrou também a promessa de investimento no Aeroporto Internacional Cesária Évora, um assunto que mereceu resposta do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, quem presidiu o ato solene.
Segundo o chefe do executivo, o aeroporto vai receber investimentos e já está definido no contrato de concessão com o Grupo privado Vinci, quem administra atualmente os aeroportos e aeródromos de Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva também frisou, durante o seu discurso, a importância de o município de São Vicente ter estabilidade e a governabilidade, que “devem ser garantidas através da adoção do orçamento e do plano de atividades”.
“Que essa estabilidade e governabilidade seja garantida em nome dos interesses dos munícipes de São Vicente e em nome de Cabo Verde”, reiterou o governante, frisando o facto de este ser o “segundo maior município do País e com uma responsabilidade a ser partilhada por todos”.
Daí, o apelo, sublinhou, para a procura de soluções, porque “nenhuma das partes sozinha consegue resolver esse problema, mas, sim todas juntas”.
Ulisses Correia e Silva alertou que o consenso “ultrapassa as indicações e as vontades individuais” e deve ser conseguido “colocando o coletivo acima de tudo e encontrando a melhor solução”.
O presidente substituto, Rodrigo Martins, apontou, por seu lado, as obras resultantes da parceria com o Governo e asseverou que a “relação profícua” entre o município de São Vicente e o executivo constitui a “pedra de toque” para a materialização de “vários projetos transformativos” da ilha.
São Vicente este ano completa 561 anos da sua descoberta, a 22 de Janeiro de 1462 pelos portugueses.
Inforpress
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