
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
O Presidente da República condecorou hoje o Chefe de Estado de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova, com a Medalha de Ordem Amílcar Cabral do I Grau em reconhecimento pelo reforço das relações entre os dois povos.
José Maria Neves, que considerou uma “grande honra” para Cabo Verde este agraciamento, justificou que “quis demonstrar a gratidão do povo cabo-verdiano pela forma como São Tomé e Príncipe tem acolhido a comunidade cabo-verdiana”, alegando que os cabo-verdianos naquele país sentem-se em casa, partilhando desafios e constrangimentos com espírito de irmandade.
“Esta condecoração é também para destacar o seu empenho, a sua liderança na aproximação entre os nossos dois países e também na busca de melhores formas para que os cabo-verdianos que vivem em São Tomé e Príncipe possam sentir-se, cada vez, mais integrados”, explicitou o mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana.
Considerou que ambos os presidentes dos estados do sistema presidencialistas têm um “papel fundamental” na inclusão, união e na busca de parcerias para que os países cresçam e se aproximem cada vez mais, de forma a encontrarem melhores respostas para os desafios a enfrentar no campo bilateral, entre os dois pequenos estados insulares e no plano bilateral.
“Quis com este gesto homenagear também o povo de São Tomé e Príncipe e dizer da nossa grande abertura de espírito em podermos continuar juntos esta caminhada rumo ao futuro”, sintetizou José Maria Neves.
Já o agraciado, destacou o “simbolismo e a importância do ato de condecoração”, asseverando que se sente deveras considerado ao mais alto nível, pelo que, atestou, carrega “a responsabilidade do seu povo e país para dignificar ainda mais esta relação”.
“Tudo farei, dentro do possível, para também dignificar ainda mais este acto, porque considero ser uma responsabilidade que, a partir de hoje, trago comigo por ter sido merecedor desta consideração. Ao dizer isto, quero, sinceramente, através de si, que todo o povo cabo-verdiano saiba que me sinto muito orgulhoso por ter merecido esta consideração”, realçou.
Carlos Vila Nova disse que os dois países “caminham de mãos dadas há muito tempo”, e que os laços de irmandade ultrapassam simples relações de cooperação e de amizade e que cabe, doravante, aos dois chefes de Estados a responsabilidade de melhorar, ainda mais, esta relação de fraternidade.
O Presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe reconheceu que o percurso, sobretudo nas terras santomenses, nem sempre foi o desejado, mas afiançou que “não é assunto acabado” e enquanto representante do povo vai trabalhar no sentido de dar o seu contributo para melhorar este relacionamento.
A visita de Carlos Manuel Vila Nova, decorre de hoje a quinta-feira, 16, e, para além do tête- à-tête com o seu homólogo cabo-verdiano, por quem foi condecorado, foi acolhimento pelo presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e vai ser recebido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Deposição de uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, cerimónia de entrega das Chaves da Cidade da Praia, visita aos Laboratórios Inpharma, ao Museu da Resistência – Campo de Concentração do Tarrafal, deslocação a Universidade de Santiago em Santa Catarina e visita ao Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi) assinalam ainda a estadia de Carlos Vila Nova na ilha de Santiago.
Na ilha de São Vicente, para onde o chefe de Estado santomense desloca-se na quarta-feira, 15, Carlos Manuel Vila Nova vai receber as Chaves da Cidade do Mindelo, desloca-se ainda ao Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), ao Campus da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), visita ao Centro Oceanográfico do Mindelo e Porto Grande, bem como às instalações da conserveira Frescomar.
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