Presidente do PAICV manifesta-se a favor de acordos com Senegal para evacuações médicas

O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) disse hoje estar a favor da criação de acordos entre Cabo Verde e Senegal para evacuações médicas ou então de condições para tratamento no País.

Rui Semedo fez esta afirmação à imprensa quando questionado, esta manhã, sobre se o partido é a favor de celebração de acordos com vista à transferência de doentes para o Senegal ou de criação de condições para tratamento no arquipélago.

“O que devemos fazer, prioritariamente, é investir para criar condições dentro do País, entretanto, enquanto não forem criadas condições temos de utilizar os canais, os meios e as vias necessárias. Aí, uma das vias é a evacuação que existe com Portugal, mas se há outras possibilidades devem ser exploradas, designadamente, o Senegal”, declarou.

Senegal, conforme Rui Semedo, é uma possibilidade que se abre, visto que com ou sem acordo as pessoas estão a deslocar-se a àquele país para procurar resposta para a sua saúde.

“Como um país que fica aqui perto e vizinho, o Estado deveria estabelecer condições para que as pessoas possam ter acesso a tratamento no Senegal”, frisou, sublinhando, por outro lado, que o que não se pode permitir é que os cabo-verdianos fiquem a esperar ou que pessoas morram sem que tenham acesso a tratamento.

Considerou ainda que a questão da transferência de doentes é, também, um problema a nível nacional, com transportes irregulares e custos de estadias desatualizados.

Neste particular, apelou a investimentos nas infraestruturas e recursos humanos especializados, para permitir que os profissionais tenham condições condignas de trabalho.

Quanto ao sector da saúde, observou que o arquipélago acumulou “ganhos significativos”, ressaltando não haver dúvidas quanto ao crescimento em termos de respostas, apesar de reconhecer que as exigências atuais colocam novos desafios ao sector.

“Precisamos de respostas mais céleres, especializadas, e soluções que sirvam a população. É essa a resposta que consideramos que não existe, apesar de toda a vontade que possam exigir dos profissionais da saúde verificamos que há atraso nas consultas, nas análises e nos diagnósticos, o que pressupõe, também, atrasos na resposta e tratamento”, acrescentou.

O presidente do PAICV apontou ainda o custo da saúde associado à situação do custo de vida das famílias, falta de rendimento e emprego como entraves ao acesso à saúde, bem como a compra de medicamentos.

Inforpress

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest