
Terça-feira, 28 de Março, 2023
Os combatentes da liberdade da Pátria de Santa Catarina voltaram a defender hoje, Dia dos Heróis Nacionais, a inclusão, no currículo escolar, o ensino da luta pela libertação de Cabo Verde nas escolas aos mais jovens.
A intenção foi manifestada pelo porta-voz dos combatentes da liberdade da Pátria residentes no município de Santa Catarina, Arlindo dos Reis Borges, à margem da cerimonia de deposição de flores no busto de Amílcar Cabral na Praça Central de Assomada, promovida pela Câmara Municipal de Santa Catarina.
“20 de Janeiro é um dia que temos que pôr em prática, que deve ser ensinado e promovido nas escolas para que os alunos possam conhecer a história da luta pela libertação de Cabo Verde”, propôs, sustentando que todos os cabo-verdianos devem conhecer as datas principais da história de Cabo Verde, como 13 de Janeiro, 20 de Janeiro e 05 de Julho.
“De onde viemos? Quem somos? Quem nos tem assim?”, questionou, mostrando a disponibilidade dos combatentes pela independência de Cabo Verde em contribuir nesse processo de inclusão da matéria no ensino cabo-verdiano que os jovens possam ter sempre presente a herança e a história do “grande herói”, Amílcar Cabral.
É que, segundo ele Cabral deixou uma “grande herança” que vai ficar para toda a geração, sobretudo cabo-verdiana, bissau-guineense e para a África em si, e quiçá para o Mundo.
Por seu turno, a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, disse que hoje, mais do que homenagear “os heróis nacionais e de Santa Catarina”, é um dia de reflexão, por isso que todos os anos fazem questão de contar com a presença dos combatentes da liberdade da Pátria neste acto.
E tendo em conta que, segundo ela Santa Catarina é terra de Amílcar Cabral, onde ele viveu parte da sua infância nesse município, em Achada Falcão, entende ser um dever homenagear não só os heróis nacionais, mas também aquele que é considerado o rosto da luta pela independência nacional.
Na ocasião, reiterou a intenção do município em adquirir a casa onde Amílcar Cabral viveu a sua infância em Achada Falcão, para futuramente ali instalar o “Museu da Resistência Amílcar Cabral” – espaço de estudo, investigação e memória viva das lutas contra a escravatura, das revoltas, das lutas contra o colonial-fascismo e pela independência nacional.
Entretanto, disse que não tem sido fácil implementar este projecto que vem desde algum tempo, isto porque, informou, envolve herdeiros, compra do edifício e algum recurso financeiro, que, admitiu, a edilidade sozinha não vai conseguir.
No entanto, Jassira Monteiro adiantou que há parceiros interessados na implementação do Museu da Resistência Amílcar Cabral, mormente universidades, centros de investigação e o próprio Governo, cujo projecto é do conhecimento do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas.
O acto público de homenagem aos heróis nacionais e, em particular, ao “grande obreiro da luta de libertação nacional”, Amílcar Cabral, contou ainda com a presença de uma força do Comando de Santa Catarina da Polícia Nacional, do presidente da Assembleia Municipal, Eurico Moura, de vereadores, de eleitos municipais, e de dirigentes da edilidade.
Inforpress
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