Santa Catarina do Fogo: Recandidatura de Alberto Nunes “é forma de ajustar e aguardar a sua reforma”, diz eleito municipal do MpD

O eleito municipal do Movimento para a Democracia (MpD) de Santa Catarina, Francisco Alves, disse hoje que a recandidatura do atual presidente a um terceiro mandato “é a forma de ajustar e aguardar a sua reforma”.

Francisco Alves, atualmente emigrado nos Estados Unidos, mas mantendo o seu mandato de eleito municipal, procurou a Inforpress para reagir e esclarecer sobre aquilo que classificou de “indireta” de Alberto Nunes de que elementos do seu gabinete e um vereador queria derrubá-lo nas eleições de 2020.

O eleito municipal disse que a ideia do atual presidente de recandidatar-se tem por objetivo aguardar a idade de reforma porque, explicitou, “será inglório para ele regressar à sala de aulas” para encontrar os antigos companheiros de profissão.

“É falso que vereador e pessoas do seu gabinete estavam a tentar promover candidatura para derrubá-lo”, afirmou Francisco Alves, adiantando que o presidente esqueceu que ele e outro membro do seu gabinete eram responsáveis do MpD e que as reuniões eram para definir melhores estratégias para preparar a campanha para sair vencedor e que inclusive a proposta de levar a lista uma das vereadoras para a lista saiu do grupo o que demonstra que não estavam a arquitetar nada.

Segundo o mesmo, nada que o MpD fazia era do agrado de Alberto Nunes que queria que o MpD andasse de acordo com as duas diretrizes para depois considerar que o vencedor era ele, mostrando que não necessitava do MpD porque queria dar a imagem que é o único e que a sua pessoa era mais grande que o partido no município, chegando a dizer que ele é o maior ativo na ilha do Fogo.

“A minha sugestão, como eleito municipal e munícipe de Santa Catarina do Fogo, é que ele para de atacar as pessoas, seja frontal e não envia indiretas, criando ambiente para governar e se for escolhido como candidato terá um ambiente favorável para que as pessoas o apoiem”, exortou Francisco Alves, para quem o autarca deve focalizar na governação e não na preparação da sua recandidatura como forma de garantir a sua reforma e não deixar o prazer de poderes que já descobriu.

Quanto à deliberação do presidente em retirar ao vereador duas importantes pastas, o eleito municipal disse que a mesma deixou todos “espantados e tristes” por se tratar do vereador com melhor desempenho e grande ativo para o município e para o MpD.

“A decisão demonstra que o desenvolvimento do município não é o mais importante para o presidente que descartar pessoas competentes e comprometidos em detrimento de promoção pessoal dele como o único ser capaz do município e da ilha”, acrescentando que os munícipes de Santa Catarina na diáspora receberam esta decisão com tristeza, sobretudo com o argumento apresentado para tomar medidas.

“Ao dizer que o vereador está sendo desleal quando tem feito um trabalho reconhecido, o presidente não está sendo honesto sabendo que está a usar a função para ameaçar funcionários e colaboradores que têm aproximado do vereador”, disse Francisco Alves, observando que Alberto Nunes mostra-se desleal com o município ao não explicar o real motivo da sua recandidatura quando tinha prometido apenas mais um mandato.

Para Francisco Alves, Alberto Nunes está a “colher frutos que o próprio plantou”, explicitando que o vereador nunca tinha intenção de se candidatar, mas foi uma jogada do presidente que insistiu porque sabia que em 2024 tinha outras pessoas seriam candidatos naturais, e por isso fez um jogo maquiavélico tirar da cena, por exemplo, o atual presidente da Assembleia Municipal, Luís Alves.

O eleito lembrou que a postura do presidente é promover intriga e depois surgir como vítima, acrescentando que o presidente da câmara desrespeita os órgãos do poder municipal, apontando como exemplo a sonegação de informação e esclarecimentos solicitados, através de mesa da Assembleia Municipal.

Caso o presidente avançar com uma proposta de desprofissionalização do vereador, o eleito municipal do MpD tem algumas dúvidas que ia passar porque o vereador é competente e o seu trabalho é meritório e não faz sentido desprofissioná-lo por manifestar a sua candidatura e hipotecar o futuro do município.

Francisco Alves disse que não chegou a manifestar o seu apoio ao vereador porque conhece como as coisas funcionam, mas como o mesmo é um ativo para MpD e para Santa Catarina, se avançar irá apoiá-lo.

Inforpress

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