Siprofis admite greve caso as pendências dos professores não forem resolvidas em 2023

O presidente do Sindicato dos Professores da ilha de Santiago, Abraão Borges, disse hoje que o Siprofis não descarta outras formas de luta, nomeadamente a greve, se as pendências relacionadas a grelha salarial não forem resolvidas ainda este ano.

O sindicalista, que falava à margem de um encontro organizado pelo Siprofis, para uma “frente única e unida” em prol da defesa da classe docente, afirmou que o aumento salarial não foi atribuído à maioria da classe docente, cerca de 70 por cento (%) dos professores.

“Por isso, pretendemos que haja uma nova grelha salarial, também uma promoção automática, e isto torna numa medida em que todos, e o próprio Ministério da Educação sairia a ganhar”, defendeu Abraão Borges.

Além da grelha salarial, apontou a promoção automática à luz do novo estatuto, e a revisão da lei para a reforma dos professores, isto, segundo sublinhou, tem a ver com “repor” a justiça em relação à atribuição de subsídio da nova carga horária.

A este propósito, denunciou que muitos professores reformados vão [para a reforma] sem vem a “cor” do subsídio pela não redução da carga horária, e, por isso, à semelhança das outras classes, pedem a promoção automática da carreira.

“Por exemplo, um professor do ensino básico que vai para a reforma, ele poderia ter 40% sobre o subsídio da carga horária, o que não acontece”, reclamou o sindicalista.

Outras reivindicações, segundo Abraão Borges, têm a ver com a lei da reforma dos professores, a melhoria na carreira dos mestres e doutores, a reclassificação de todos os professores, e a melhoria das carreiras das monitoras do pré-escolar, que considerou como o “calcanhar de Aquiles” da instituição.

“A transição dos professores sem formação pedagógica também constitui um outro problema porque a lei diz que depois de três ou quatro anos com a classificação mínima devem passar para professor de nível I do ensino básico ou do secundário”, disse, completando que prende-se também com a melhoria do vínculo e do salário dos professores do ensino superior.

“A luta dos professores é comum, as reivindicações são as mesmas, então porque não juntar todos os sindicatos numa única voz, por isso trouxemos hoje os líderes sindicais porque já era altura de termos uma única luta”, asseverou.

O objetivo, segundo explicou, é para que haja a luta de todos e não de um único sindicato.

Após o encontro, os sindicatos Sindep, Siprofis e Sindprof, pretendem, junto do Governo, apresentar um único caderno reivindicativo, que passa por uma produção automática, alegando que já se passaram “oito anos sem promoção da carreira dos professores”.

“Já é altura de os professores pararem e refletirem que a classe é única e deve ter uma frente única na sua defesa”, defendeu, explicando que querem com esta frente, o cronograma para a resolução das pendências.

Inforpress

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