UNTC-CS: Cabo Verde está longe de merecer o estatuto de país promotor do trabalho digno

A UNTC-CS considerou que Cabo Verde “está longe de merecer a distinção” de país promotor do trabalho digno no cenário laboral internacional devido a “graves atropelos” aos direitos dos trabalhadores.

Em conferência de imprensa para assinalar o 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, o 1º vice-secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde-Central Sindical (UNTC-CS), criticou a “grande desigualdade salarial” no país, “um acentuado nível de pobreza e uma taxa de desemprego jovem elevada”, ainda que as estatísticas apontem para a sua redução em 2022.

Fernando Idrissa Baldé referiu, ainda, que a reposição do poder de compra aquisitivo tem sido uma das grandes reivindicações da classe trabalhadora cabo-verdiana, alegando que ela vem perdendo esse poder há mais de uma década.

A este propósito, a UNTC-CS, pela voz deste dirigente, endereçou “uma mensagem de paz tranquilidade e de esperança aos trabalhadores cabo-verdianos em prol de um mundo melhor, plural, inclusivo, justo e solidário”, ao mesmo tempo que acusou o Estado de relegar os trabalhadores para uma “situação difícil”, ao socorrer dos cofres do INPS.

Saudou os trabalhadores de Santo Antão à Brava, em especial aos emigrantes que labutam na diáspora, bem como a todos aqueles que abraçam a “nobre missão de defender os direitos e interesses da classe trabalhadora” no país.

“O 1º de Maio é um dia especial que encerra em si um significado simbólico de luta e de luto”, afirmou Fernando Idrissa Baldé, ressaltando que ao longo da história das relações laborais, muita luta se travou para que fosse possível conquistas importantes pela valorização e dignidade do trabalhador.

Denunciou que em Cabo Verde a classe dos motoristas, tanto públicos, como privados, passa por uma série de dificuldades para serem inscritos no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), ao mesmo tempo que reivindicou a atualização das tarifas para táxis e autocarros hiaces, bem como a criação de condições sanitárias para a classe.

Em relação a manifestação nacional dos trabalhadores marcada para 1º de Maio, Baldé explicou que a UNTC-CS, “apoia de forma incondicional a luta dos trabalhadores”, mas que estará fora desta iniciativa, alegando que a central sindical não foi convidada pela organização, e que só soube desta manifestação pela comunicação social.

Inforpress

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