Zelecaf: Vice-primeiro-ministro defende estratégia diplomática para especificidades de Cabo Verde

O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, defendeu esta segunda-feira, 13, a necessidade e adoção de uma estratégia diplomática como intuito de defender as especificidades de Cabo Verde no contexto da implementação da Zona de Livre Comércio Africano (Zelecaf)

“Nós temos que procurar defender sempre os nossos interesses. Cabo Verde é um país arquipelágico e um país específico no contexto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e nós temos de ter uma estratégia ao nível da diplomacia cabo-verdiana para defender as especificidades de Cabo Verde”, defendeu.

Olavo Correia, que falava à imprensa à saída de um encontro com uma delegação composta por sete administradores do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que iniciou esta segunda-feira uma missão a Cabo Verde, reconheceu, entretanto, não ser fácil, sendo um país pequeno insolar e arquipélago na CEDEAO, tendo especificidades próprias, ter uma estratégia para defendê-las.

“Mas nós temos obrigação de desenvolver uma estratégia diplomática para defender estas especificardes, não só no contexto da CEDEAO, mas também a todos os demais parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde. Tudo deveremos fazer para que isto seja cada vez mais presente e Cabo Verde tenha voz nestes palcos para defender a sua posição enquanto pequeno Estado insolar”, acrescentou.

Entretanto, o governante foi avançado que um projeto de “auto-estrada marítima” está a ser estudado, estando os estudos a ser ultimados, com os vários cenários sobre a mesa, pelo que depois no final será apresentado e os governos adotarão o melhor modelo em função daquilo que vier a ser apresentado como a solução final.

“A ideia é criar uma ligação que possa permitir que Cabo Verde esteja ligado com a sub-região, uma auto-estrada marítima que liga Cabo Verde, Senegal, depois liga Abidjan e vai até Nigéria para termos toda a sub-região interligada do ponto de vista marítimo que vai permitir acelerar a dinâmica das trocas comerciais entre Cabo Verde e a sub-região e depois um continente africano”, explicou.

Quanto aos financiadores, Olavo Correia defendeu que deverão ser os países da CEDAO e os parceiros de desenvolvimento que estão interessados em apoiar a integração regional.

“E nós temos também, para além da auto-estrada marítima, temos o cabo submarino de fibra ótica Amílcar, que é um outro pojeto importante que está a ser ultimado em termos de estudos para ser financiado também com a participação dos países africanos membros desta empreitada, como também os parceiros de desenvolvimento interessados em apoiar o continente africano e a CEDEAO neste projeto”, acrescentou.

Inforpress

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