
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
Um autocarro da linha 13 da empresa Solatlântico incendiou-se hoje na rampa de acesso ao Hospital Agostinho Neto e ficou totalmente destruído devido ao fogo.
Conforme explicou o condutor Geremias Lopes que estava no autocarro, em declarações à imprensa, estava a operar na linha 13, mas a dado momento teve a necessidade de interromper o percurso para levar o referido autocarro à oficina da Solatlântico, em Achada Grande Frente, porque havia um cheiro forte de combustível.
Entretanto, revelou, quando estavam na rampa de acesso ao Hospital Agostinho Neto viram que saia muito fumo da parte de baixo do autocarro e as três pessoas incluindo o condutor tiveram de abandonar de imediato a viatura que logo em seguida explodiu.
“Já tinha saído da linha do autocarro 13, estava a caminho da oficina para consertar o problema porque estava a sentir cheiro de combustível, mas, de repente, ainda nos encontrávamos na rampa de acesso ao Hospital Agostinho Neto, no percurso de Além Ferreira começou a fazer muito fumo, saímos do carro e houve uma explosão. O fogo começou a alastrar e não tivemos tempo para nada, não tinha como apagar as chamas, e quando saímos chamamos os bombeiros que não vieram a tempo e quando chegaram o fogo já tinha ganho outras dimensões”, declarou.
Por sua vez, a passageira Lenira Brito que se encontrava no interior do autocarro quando houve o incidente, disse que o começaram a sentir o cheiro de combustível quando ainda se encontravam no bairro de São Pedro e que tudo aconteceu de repente.
“Estava a regressar do trabalho, sentimos o cheiro de combustível e para chegarmos aqui foi tudo numa fracção de segundos. Começamos a ver fumo que saia da parte de baixo e logo após o momento que descemos do autocarro, houve uma explosão. Sinto que nasci de novo porque se as portas estivessem bloqueadas como costuma acontecer, poderíamos morrer carbonizados dentro do autocarro”, disse.
Aproveitou a situação para apelar aos gestores responsáveis da Solatlântico no sentido de melhorarem as condições na linha 13 porque, referiu, os autocarros que circulam nesta linha estão em péssimas condições e muito velhos.
“Há cinco anos que trabalho no bairro de São Pedro e nunca tivemos um autocarro em condições, não há conforto, isto sem esquecer que o preço mensal do passe geral é de 2.900 escudos e ter um serviço público com condições precárias para pagar este preço não dá”, frisou.
Por seu turno, o comandante adjunto dos Bombeiros da Praia, Ronaldo Varela, disse no local do incidente que por volta das 16:30 receberam o alerta de uma viatura de transporte público que se incendiou e quando chegaram ao local, o incêndio já tinha alastrado devido ao elevado material combustível.
“Os bombeiros chegaram aqui com uma viatura de combate a incêndios de duas toneladas de água, apoiados por quatro efetivos só que quando chegaram ao local, o incêndio já tinha alastrado derivado ao elevado material combustível que existia na viatura. A dificuldade maior registada no combate do incêndio foi o forte vento no sentido norte-sul que dificultou a ação”, asseverou.
Entretanto, este responsável afiançou que os bombeiros municipais foram eficientes, conseguiram dar resposta, mas a constatação feita no local foi perda total da viatura, tendo, informado que demoraram cerca de 15 minutos para extinguir o fogo.
“Foi feito neste momento o rescaldo do incêndio, vamos agora fazer a limpeza da via para desobstruir a rampa de acesso do Hospital Agostinho Neto”, concluiu.
Inforpress
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