Cabo Verde quer albergar Centro de Pesquisa Oceanográfico dos Estados Africanos Ribeirinhos do Atlântico

Cabo Verde foi escolhido para ser o porta-voz do tema economia azul, conectividade e ambiente na 3ª Conferência Ministerial dos Estados Africanos Ribeirinhos do Atlântico, e ofereceu-se para albergar o Centro de Pesquisa Oceanográfico da região.

A informação foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, que regressou ao país recentemente depois de ter participado no encontro que teve lugar no dia 08 em Marrocos.

“A reunião foi bem-sucedida. Cabo Verde foi escolhido para ser o porta-voz do tema economia azul, conectividade e ambiente e nesta matéria nós podemos dar conta da importância que a ciência tem para a investigação e para o reforço desses países. Neste sentido, oferecemos para abrigar em Cabo Verde um centro de pesquisa junto da Universidade do Atlântico e do Centro Oceanográfico”, disse.

Rui Figueiredo Soares adiantou que Cabo Verde vai agora enviar a proposta para o Governo dos Marrocos para que todos os países considerem a possibilidade de dentro da organização Cabo Verde acolher esse centro de pesquisa em matéria oceanográfica.

“É o oceano que nos une, a Universidade Técnica do Atlântico tem valências nesta matéria. O nosso oceanógrafo do Mindelo é um centro com muita capacidade instalada e vamos disponibilizar para que todas as acções de investigação, tudo aquilo que seja matéria científica seja concentrado na Universidade Técnica do Atlântico e no Centro Oceanográfico”, argumentou.

A 3ª Conferência Ministerial dos Estados Africanos Ribeirinhos do Atlântico tinha por objectivo consolidar a região numa zona de paz, estabilidade e prosperidade partilhadas, assim como possibilitar aos Países Africanos Atlânticos explorar as potencialidades, designadamente económicas, que esta condição lhes oferece, através da conectividade e exploração da cooperação sul-sul.

Foi também, segundo o ministro cabo-verdiano, para também concertar estratégias e respostas comuns aos enormes desafios que se lhes apresentam, nomeadamente em matéria de combate ao crime organizado, ao terrorismo, à pirataria no oceano, às migrações irregulares, à pesca ilegal, às mudanças climáticas, à preservação da biodiversidade, entre outros.

Os participantes salientaram a importância do domínio marítimo e dos seus recursos para o desenvolvimento e prosperidade dos países africanos. Mais especificamente, os participantes destacaram a importância da pesca nas economias locais e nacionais, bem como para a segurança alimentar de nossas populações”, acrescentou.

Além disso, Rui Figueiredo Soares indicou que os participantes reconheceram que o Oceano Atlântico é rico em recursos naturais, como minerais, que podem proporcionar ao Atlântico africano uma vantagem competitiva no desenvolvimento de suas indústrias.

Inforpress

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