Comandante da Guarda Costeira destaca “papel fundamental” do IPIAAM baseada em investigações “credíveis e aceites pela sociedade”

O capitão-do-mar Armindo Graça falava no acto de assinatura de um protocolo entre as Forças Armadas (FA) e o IPIAAM, o qual visa o incremento da segurança operacional nas águas e no mar sob jurisdição nacional, com base na partilha de informações e no apoio interinstitucional em matérias de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos e marítimos.

Armindo Graça considerou, a propósito, que com o protocolo estão criadas as “condições adequadas” para que as duas instituições tenham ferramentas que sirvam “acima de tudo” os interesses de Cabo Verde.

A mesma fonte anunciou que as FA e o IPIAAM irão, doravante, no âmbito do protocolo, desenvolver uma cooperação que vai abranger os domínios da formação e capacitação de quadros, visando a criação de equipas mistas de investigação, campanhas conjuntas de sensibilização, disponibilização de informação não classificada, de quadros e de meios para transporte de meios para áreas de sinistros.

Por seu lado, o presidente do conselho directivo do IPIAAM, Mário Margarito Gomes, considerou que “a união de esforços e um comprometimento partilhado” é o caminho para a “consolidação, afirmação e influência” da instituição que dirige, enquanto autoridade independente de investigação, e que tem na prevenção “um dos principais desideratos”.

Tudo, indicou a mesma fonte, em prol da criação de um ambiente “mais seguro” para o desenvolvimento das actividades aeronáuticas e marítimas e na adopção, “no cômputo nacional”, das recomendações e boas práticas marítimas.

Ademais, Mário Margarito Gomes revelou confiança em como as acções previstas no protocolo vão permitir às duas intuições promover a cooperação e assistência mútuas, elevar as capacidades e profissionalismo dos respectivos quadros de pessoal, através do Programa Bolsa de Investigadores, a realização de exercícios de emergência e campanhas e actividades conjuntas que impulsionem a “contínua partilha” de informação.

A cooperação que ora se inicia entre o IPIAAM e as FA será marcada de “sucessos”, conforme a mesma fonte, e “contribuirá efectivamente” para o desenvolvimento e edificação de um sistema de transporte aéreo e marítimo “credível e seguro”, crucial na manutenção das cadeias de abastecimento do País e na mobilidade de pessoas e mercadorias entre as ilhas

Com isto, finalizou o presidente do conselho directivo do IPIAAM, as duas partes estarão a cumprir a “desafiante missão” da promoção da cultura de segurança nos domínios aeronáutico e marítimo.

Presente no acto, o chefe do Estado-maior das Forças Armadas, contra-almirante António Duarte Monteiro, em palavras de ocasião, como referiu, classificou o protocolo de “muito importante” para o reforço da segurança operacional entre os dois sectores.

“Não queremos investigar, queremos actuar sim na fase preventiva e fazer com que todas as eventuais deficiências e dificuldades sejam identificadas numa fase preventiva e tomar as medidas devidas para que possamos continuar a ter a ligação entre as nossas ilhas de forma segura”, sintetizou o contra-almirante António Duarte Monteiro.

“Quando unimos os esforços, convergimos as sinergias e colocamos à disposição as nossas competências o trabalho e os resultados vão surgir”, finalizou a mesma fonte.

O IPIAAM é a autoridade nacional responsável pela prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos e marítimos, sendo uma das suas principais atribuições a promoção de acções de formação, capacitação e sensibilização dos principais intervenientes no sector da aviação civil e marinha mercante.

Inforpress