
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
Cabo Verde mostrou-se hoje preocupado com o surgimento de uma nova variante do novo coronavírus na África do Sul, a Ómicron, reforçou o apelo à vacinação e já está a avaliar medidas que possam ser tomadas.
Na habitual conferência de imprensa para fazer o ponto de situação da covid-19 no país, o diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, começou por lembrar que a nova variante do SARS-COV-2 pode ter várias mutações, o que constitui motivo de preocupação para o país.
O responsável avançou que o Ministério da Saúde está neste momento a avaliar as medidas que possam ser tomadas, e vai fazer propostas para análise do Governo, que é a quem cabe tomar as decisões finais.
Jorge Barreto lembrou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a suspensão de voos, mas sim a adoção de outras medidas, como o reforço da vigilância nos pontos de entradas e de rotineira, garantir condições de diagnóstico e o cumprimento das medidas de prevenção.
Além disso, insistiu no apelo à vacinação, considerando que as vacinas continuam a proteger as pessoas.
A nível nacional, o porta-voz do Ministério da Saúde disse que já foram utilizadas quase 78% das doses de vacinas recebidas, sendo que 82,8% das pessoas já receberam a primeira dose, o que é considerado um “bom resultado”.
Ainda assim, voltou a garantir que o país pretende atingir pelo menos 85% de pessoas adultas vacinadas até final do ano.
Relativamente à segunda dose, avançou que Cabo Verde tem neste momento uma taxa de 67,6% de pessoas completamente vacinadas, também considerado “um bom resultado”.
“Mas precisamos alcançar pelo menos 70% o mais rapidamente possível, para ter mais pessoas protegidas, e sobretudo agora com surgimento de novas variantes”, apelou.
Quando aos dados dos últimos 14 dias, o diretor nacional de Saúde disse que a taxa de positividade foi 1,4%, uma redução de 0,1 pontos percentuais em relação às duas semanas anteriores.
Nesse período, a taxa de incidência acumulada foi 12 casos por 100 mil habitantes e a taxa de transmissibilidade (RT) foi de 0,95%.
“Isso significa que pela quarta semana consecutiva Cabo Verde ainda verifica níveis de seguimento da situação abaixo do desejável: uma taxa de positividade inferior a 4%, uma taxa de incidência acumulada inferior a 25 casos por 100 mil habitantes e uma taxa de transmissibilidade inferior a 1”, sustentou, indicando que a taxa de ocupação hospitalar também é reduzida, de 3%.
Apesar de a situação estar “controlada”, o diretor nacional de Saúde voltou a sublinhar que a covid-19 ainda não acabou em Cabo Verde e nem em nenhuma parte do mundo.
Desde março de 2020, o país já registou um total acumulado de 38.363 casos positivos, dos quais há 37.949 pessoas que já tiveram alta, 44 casos ativos e foram registados 349 óbitos, sendo que o último foi em 23 de outubro, há mais de um mês.
A covid-19 provocou pelo menos 5.197.718 mortos mortes em todo o mundo, entre mais de 260,81 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
Lusa
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