
Sexta-feira, 8 de Dezembro, 2023
O estudo, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), decorreu em Dezembro de 2020, portanto nove meses depois do aparecimento do primeiro caso no arquipélago, e abrangeu zonas urbanas e rurais de 14 municípios com um total de 2.754 inquiridos dos 12 aos 95 anos.
A presidente da INSP, Maria da Luz Lima, adiantou que perante esses dados a instituição vai reforçar o seu trabalho de comunicação por forma a evitar que as pessoas estejam a ter esse tipo de comportamento de culpabilizar e discriminar aqueles que tiveram a infelicidade de contrair a doença.
“Portanto temos de trabalhar esse estigma contra a covid-19”, disse.
A responsável apontou ainda para o facto de cerca de 40 por cento (%) dos inquiridos terem declarado que tinham medo da pandemia, e cerca de 18% ter apontado o vírus como arma biológica ou castigo divino, o que na sua perspectiva denota alguma negação da situação epidemiológica.
“Portanto, este é também um dos motivos para trabalharmos ainda mais para reforçar o conhecimento do que é a infecção, porque as pessoas sabem como prevenir, quais os sintomas, mas quando se fala da origem ou o que é, respondem que é uma arma ou um castigo divino”, explicou.
Entretanto, indicou que mais de 90 por cento (%) dos inquiridos declararam que sabem que qualquer pessoa pode ser infectada com o vírus, 92% conhecem os principais sintomas da infecção e mais de 90% sabem que medidas eficazes controlam a doença.
Contudo, quando se fala de atitudes, os dados mostram que apesar das pessoas estarem munidas de conhecimentos acabam por não implementar as medidas de prevenção como recomendadas.
“Mais de 90% da população afirma que quando sai de casa leva uma máscara, mas quando perguntamos se usam sempre máscaras, há cerca de 16% que utilizam às vezes, quando o uso de máscaras é obrigatório e permanente”, realçou.
“Outra medida muito importante é que mais de 90% dos inquiridos reconhecem que o distanciamento é fundamental para controlar e reduzir o número de casos, quando perguntamos se têm feito sempre distanciamento apenas 38% dizem que fazemos sempre distanciamento”, acrescentou.
Outro dado considerado preocupante é que 30% dos inquiridos declararam que participaram de actividades aglomerações nos últimos sete dias antes do inquérito realizado em Dezembro de 2020.
Segundo o Ministério da Saúde e da Segurança Social, Cabo Verde conta com um acumulado de 25.526 casos positivos, dos quais 22.105 foram declarados casos recuperados e 230 óbitos.
Inforpress/fim
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