Adeptas impedidas de entrar no estádio Aquiles D’Oliveira pedem explicação à Associação

Duas adeptas, Andreia Baptista e Gisela Évora, impedidas de entrar no Estádio Aquiles D’Oliveira para assistir aos jogos deste fim-de-semana pedem uma explicação aos dirigentes da Associação Regional de Futebol Brava (ARFB).

Em declarações à imprensa, Andrea Baptista explicou que ao chegarem à bilheteira do estádio o funcionário informou-lhes que havia “ordem expressa” por parte do presidente da ARFB para “não vender bilhete às duas funcionárias da Caixa Económica”.

Segundo a mesma, não lhes foram vendidos os respectivos bilhetes, mas mesmo assim conseguiram adquiri-los por meio de amigos e no portão de entrada foram barradas novamente com a mesma explicação de que as ordens foram dadas pelo presidente da ARFB.

“Queremos saber qual o crime que cometemos para não termos acesso ao campo para ver os jogos”, questionou Andreia Baptista.

Diante desta situação, a imprensa procurou o presidente da ARFB, Samuel Varela, que explicou que esta decisão surgiu na sequência de uma “crise” que se encontra aberta entre a agência bancária da Caixa Económica na Brava e a ARFB, em que, segundo o mesmo, “tem havido alguns impedimentos por parte das duas funcionárias”.

“Tentamos apoiar um grupo de jovens na Cidade da Praia que estão a representar a Brava no campeonato de futsal, emitimos um cheque legalmente e as duas funcionárias impediram o levantamento do mesmo, entre outras situações que vieram depois”, denunciou Samuel Varela.

Conforme contou, no dia seguinte dirigiu-se à agência para transferir a conta da Caixa Económica para outro banco, e as mesmas funcionárias exigiram o estatuto da ARFB e acta actualizada, que, segundo o mesmo, são os documentos que lhe legitimam como presidente da ARFB.

A seguir, continuou, as mesmas solicitaram uma declaração para comprovar que ele era o presidente.

“Sou presidente há seis anos, relaciono com a câmara municipal e outras instituições como presidente da ARFB e isso é um absurdo. Sendo assim, dei ordens na bilheteria para não venderem bilhetes a estas duas pessoas para qualquer tipo de actividade da ARFB”, afirmou.

O dirigente disse que solicitou o apoio da Polícia Nacional (PN) para impedir a entrada das duas pessoas no estádio, mas o próprio comandante da PN “recusou” apoiá-lo, recordando que em jogos anteriores presenciou a expulsão pela polícia de um adepto que estava a perturbar as pessoas no estádio.

“Hoje, ao solicitar apoio este recusou. A Polícia Nacional vem ao estádio prestar-nos serviço e deve ter pulso para agir como autoridade o que não vimos neste caso”, finalizou.

Contactada no local, a polícia remeteu esclarecimentos para um momento posterior.

Inforpress

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